Havana, capital do turismo

                                     
                                                                                                                                                     Jose M. Correa
 
A Feira Internacional do Turismo Fitcuba 2016 tem uma de suas sedes na emblemática Fortaleza de San Carlos de La Cabaña
                    FITCUBA 2016

A 36ª edição da Feira Internacional do Turismo (FitCuba 2016) foi a de maior participação na história do turismo cubano, com representantes de mais de 50 países e a singular presença dos assistentes à 60º Reunião da Comissão para as Américas, da Organização Mundial do Turismo (OMT), que teve como sede Havana.

A própria Havana, que é especialmente reconhecida nesta Feira Internacional do Turismo. Havana definida pelo titular do Turismo (Mintur), Manuel Marrero, como uma bela cidade que distingue Cuba no mundo todo, que reflete a fusão de raças, costumes e história, que possui riqueza patrimonial e autênticos cidadãos.

Durante o discurso de abertura, Marrero constatou a chegada a Cuba de 3,5 milhões (3.524.779) visitantes internacionais em 2015, que representou um crescimento de 17% e 13% de incremento na quantidade de turistas alojados em instalações do Mintur.

Particularmente, a capital foi visitada, em 2015, por um número superior a 1,6 milhão de turistas e no decurso do ano 2016 recebeu 572 mil visitantes.

Por outro lado, em 2015, “cresceram todos os territórios e destinos turísticos cubanos e os mercados que maior número de feirantes enviaram à Ilha foram o do Canadá, que trouxe 1,3 milhão de canadenses; Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Espanha, México, Venezuela e a Argentina”.

O ministro salientou que o fechamento de 2015 esteve marcado por importantes acontecimentos, entre os quais sobressai a abertura de novos mercados através, por exemplo, da inauguração de voos diretos entre Pequim e Havana, e com a forte chegada de cruzeiros, manejados principalmente por companhias europeias e canadenses.

Marrero ratificou a consolidação do setor não estatal como complemento do turismo estatal, que se converteu em uma empresa aliada, com 16 mil apartamentos, mais de 1,7 mil restaurantes ou lanchonetes do tipo “paladar” e 18 cooperativas não agropecuárias. “Não há duas classes de turismo em Cuba, mas um, no qual participa, em igualdade, qualquer forma de gestão”.

Igualmente, um amplo sistema de retroalimentação permitiu conhecer que se avança nos níveis de satisfação dos clientes e ratificar que a qualidade integral em todos os serviços prestados é uma prioridade.

Transcendeu, também, segundo as palavras de Marrero, que se trabalha na implementação de estratégias para elevar os padrões e dar categoria exaustivamente aos estabelecimentos da rede hoteleira e do turismo, até consolidar a diferenciação do produto turístico cubano.

Ao concluir o ano passado, 44% dos visitantes a Cuba vieram mais de uma vez, a relação qualidade-preço foi avaliada em 89% e quase o total dos turistas assegurou que recomendariam o destino Cuba a familiares e amigos.

Entre os complexos turísticos “all-inclusive” mais populares do Caribe aparecem seis hotéis cubanos: o Royalton Cayo Santa María, o Meliá Cayo Coco, o Paradisus Rio de Oro, o Meliá Buenavista, o Royalton Icacos Varadero e o Iberostar Varadero.

No mesmo sentido, Marrero acrescentou que a Praça Velha de Havana e Praça Maior de Trinidad se encontram na 2ª e 8ª colocação, respectivamente, do top 10 dos locais de maior interesse turístico no Caribe; enquanto o Museu Nacional das Belas Artes aparece como a segunda melhor instituição desse tipo na região o e a terceira melhor praia do mundo é a Paradisus, de Cayo Largo.

Contudo, a qualidade é um desafio a ser vencido diariamente e, de acordo com o titular do Turismo, há muita concorrência em um setor cuja demanda cresce na arena doméstica, gerando dificuldades na confirmação das reservas, sobretudo nos hotéis de categoria quatro e cinco estrelas em Havana e acelerando os empreendimentos.

Entretanto, aperfeiçoam-se as ações de comercialização e promoção para mostrar as potencialidades da Ilha de uma maneira nova, outros mercados são explorados e espera-se abrir, em média, 2,5 mil novos apartamentos.

Internamente, explicou Marrero, não apenas se prioriza a construção de hotéis, mas a restauração e reparação dos existentes. Quanto a isso, citou a visão do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros da República de Cuba, Raúl Castro, ao lembrar que cada hotel que se abre é uma fábrica e que é necessária a recuperação de emblemáticos hotéis de luxo.

“Em 2015, registrou-se, igualmente, maior incidência do turismo em outras áreas da economia, o que significou a obtenção de rendas diretas por mais de US$ 2,8 bilhões e a confirmação da eficiência nesse setor como segundo gerador de divisas frescas para o país”, disse Marrero.

Referiu-se aos mais de 70 anos de relações diplomáticas contínuas entre o Canadá e Cuba, principal emissor de turistas a Cuba, desde 1998, e chamou a atenção sobre a diminuição da quantidade de visitantes dessa nação a Cuba, que em 2015 foi de 1,3 milhão, por causa da desvalorização do dólar canadense.

Por seu lado, a ministra do Turismo do Canadá, Bardish Chagger, assegurou que o vínculo entre seu país e Cuba é mutuamente vantajoso.

A 60º Reunião da Comissão para as Américas, da Organização Mundial do Turismo abordou temáticas universais que têm como centro a cultura.

De forma unânime, os ministros do Turismo da região assinaram uma declaração conjunta de apoio, além de expressar a solidariedade com o povo equatoriano, vítima de um desastre natural de grande magnitude, que custou centenas de vidas humanas e trouxe prejuízos econômicos.

(Com o Granma)

Comentários