Estrada Real, trecho Rio Acima-Itabirito


2ª Reunião Extraordinária/2010 do CONEP
O Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, no uso dasatribuições que lhe confere o Artigo 8º do Decreto 44.785/2008, torna pública a realização da 2ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural - CONEP, a ser realizada no dia 13 de dezembrode 2010, segunda-feira, de 09h às 12h, na Sala Guimarães Rosa do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG, situado à Rua da Bahia,1600, 2º andar, Belo Horizonte.
A pauta da reunião abrangerá os seguintes assuntos:1 - aprovação da Ata da 1ª Reunião Extraordinária, de 19 de novembro de 2010;2 - medidas recomendadas para conservação do Conjunto Paisagístico Serra da Piedade nos três níveis de governo, federal, estadual e municipal;3 - Plano de Ação IEPHA/MG 2011; sobre bens culturais protegidos ou emvias de proteção pelo Estado de Minas Gerais; com dotação orçamentária do IEPHA: exposição e deliberação (Processo Conep nº 004/2010);4 - considerações sobre o trecho da Estrada Real (Rio Acima -Itabirito) pela Associação Ecológica de Moradores do Entorno da rodovia MG-30;5 - assuntos gerais;6 - encerramento.
Ficam por meio desta convocados os conselheiros que de outra forma não o foram e cientes os demais interessados, que poderão participar da reunião desde que se credenciem com antecedência mínima de 48 horas,de acordo com Artigo 13 do Regimento Interno do CONEP (Decreto44.785/08).
Belo Horizonte, 7 de dezembro de 2010
Washington Mello (foto)

Secretário de Estado de Cultura


Publicado no Minas Gerais, de 08/12/2010.

Comentários

persichinni07 disse…
Apresentação:
Este projeto visa apresentar argumentos factíveis para reforçar o raciocínio sócio-ambiental e histórico-cultural para tomada de decisão das autoridades e das entidades culturais, ambientalistas e turísticas do Estado de Minas Gerais e acabar de uma vez por todas com as especulações equivocadas que sempre surgem como ameaça a asfaltar essa antiga via colonial.
O asfaltamento desse trecho será um desastre histórico, cultural e ecológico, e mataria o sonho daqueles que lutam pela Preservação da Memória Nacional.
Este trecho é um caminho privilegiado no meio da mata imanente da Área de Preservação APA-SUL, repleto de pássaros e aves como a jacupemba, sabiá, trinca ferro, papagaio, coleirinha, tico-tico-rei, canarinho da terra, papa capim e animais silvestres:paca, capivara, guaxinim, veado campeiro, gato do mato, jaguatirica, macaco, jabuti etc.
Reforça ainda que este trecho é o único elemento viário intacto e original do Brasil/Colônia integrante da Estrada Real-Circuito do Ouro.
persichinni07 disse…
Manifesto em favor do calçamento em pedra “pé de moleque” no único trecho intacto da Estrada Real, entre Rio Acima e Itabirito.

SÍNTESE
A comunidade ambientalista/histórico/cultural em Minas está em alerta pela ameaça de asfaltamento do único trecho intacto da Estrada Real em Minas Gerais, rodovia MG- 030 - entre Rio Acima e Itabirito.
Esta ameaça é denunciada por ambientalistas da Associação Ecológica de Moradores e Pequenos Sitiantes do Entorno da Rodovia MG-30. Estrada que começa no BH-Shopping, de Belo Horizonte a Nova Lima, Rio Acima e Itabirito.
Esse é o antigo caminho – com de mais de 300 anos – que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro e serviu de norte para bandeirantes, faiscadores, mineradores e da Tropa Real.
Para reverter este equivocado asfaltamento os defensores do meio ambiente, da história, da cultura e da memória do Brasil/colonial prepararam um anteprojeto para que a estrada seja calçada com pedra “pé de moleque”, acrescido ao irrefutável argumento de que dará maior autenticidade ao local e possibilitará permeabilidade e condições propícias conviverem harmoniosamente no meio ambiente as plantas, animais e pássaros.
Anônimo disse…
O Circuito do Ouro é, sem dúvida, sinônimo de história. O século XVIII, período correspondente à mineração do ouro, foi de grande importância para Minas Gerais.

Do ponto de vista histórico, cultural e artístico, este período foi marcante para a consolidação de uma cultura eminentemente mineira. E é o momento, também, em que se começa configurar a formação sóciopolítica do Estado.

Dono de um fabuloso acervo histórico e artístico, o Circuito do Ouro possui dois patrimônios da humanidade:
Três movimentos retratam a importância histórica do período da mineração e dessa região hoje denominada Circuito do Ouro: a Guerra dos Emboabas - luta de paulistas e “forasteiros” pelo domínio comercial da região; a Sedição de Vila Rica - revolta dos mineradores contra as extorsivas medidas administrativas portuguesas; e a Inconfidência Mineira, que teve a audácia de desejar a liberdade política e econômica da Capitania de Minas Gerais .

Geograficamente, o Circuito do ouro está situado na área denominada Quadrilátero Ferrífero, onde se encontram riquíssimas jazidas minerais. Hoje, uma importante parcela da economia do Estado ali está devido à atividade extrativista, às grandes usinas siderúrgicas, além de três importantes minas de ouro. Dentre as atuais riquezas minerais, está o topázio imperial .

Assim, em decorrência da história da mineração do ouro, os diversos municípios deste circuito guardam verdadeiras relíquias culturais. São museus, igrejas, centros culturais, sítios arqueológicos, fazendas, santuários, casarões, memoriais, trechos da Estrada Real e ricas manifestações da cultura popular .

Os museus encontrados neste circuito estão entre os principais do estado e guardam objetos notáveis e documentos de grande valor. Entre eles, destacam-se: Museu da Inconfidência, Museu do Oratório e Museu de Arte Sacra, em Ouro Preto; Museu do Ouro, em Sabará; Museu do Escravo, em Belo Vale; e Museu de Arte Sacra, em Mariana .

Outros espetaculares monumentos atestam a riqueza histórica e artística dos municípios que integram este circuito. A igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, com obras-primas do Mestre Antônio Francisco Lisboa e do Mestre Athaíde simboliza toda a criatividade e qualidade da arte colonial mineira. Em Sabará, está outra jóia da decoração barroca mineira: a excepcional capela de Nossa Senhora do Ó.

A Catedral da Sé, em Marina, também possui uma das mais preciosas peças de Minas Gerais: um órgão Arp Schnitger, construído em 1701. E a última grande obra do período da mineração do ouro encontra-se em Congonhas: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, com os magníficos passos da paixão e o esplendor das esculturas dos profetas, executados por Aleijadinho .

Este circuito também abriga um rico patrimônio natural. Cachoeiras, matas e inspiradoras paisagens serranas complementam e emolduram a beleza dessa região. São destaques: o Parque Estadual do Itacolomi e o Parque Natural do Caraça. Este último, além de ser uma preciosa reserva pertencente ao Santuário do Caraça, é também um dos maiores bens culturais do Estado .

Tanta beleza para ver ... e muita história para contar. Assim é o Circuito do Ouro .