Pela libertação dos presos políticos da ditadura Dilma
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado (Chico Buarque – Cálice)
Repudiamos a prisão dos 13 manifestantes do ato contra Obama! Libertação já!
O cinismo e a farsa demonstram sua face mais dura e caricata no recente episódio da prisão aleatória e sumária de 13 participantes do ato em protesto à visita de Obama ao Brasil e, especialmente, contra sua política belicista e imperialista, que pretende assinar com o governo Dilma acordos para exploração do pré-sal brasileiro. Palavras de ordem contra a venda do pré-sal, fora as tropas brasileiras e americanas no Haiti e fim ao bombardeio na Líbia foram considerados perigosas demais e, assim, suficientes para que a polícia de Sergio Cabral - que pratica diariamente atos bárbaros de violência e criminalização da pobreza e dos movimentos sociais -, referendada pelo Governo Dilma, ordenassem a prisão indiscriminada de 13 pessoas.
Entre elas, uma senhora de 69 anos! Igualmente brutal é a prisão de um jovem estudante do Pedro II, adolescente que corre risco de violência, colocado sozinho no instituto Padre Severino. Os demais militantes, já de cabeça raspada, numa clara tentativa de humilhação, estão presos em Bangu 8 e Água Santa. É fundamental uma grande campanha pela libertação imediata dos 13 presos políticos e contra a escalada de criminalização dos movimentos sociais, que se sustenta sob o governo do PT.
Atos arbitrários típicos de estado de exceção. Voltamos à ditadura militar com 3 meses do governo Dilma? A América Latina continua com suas veias abertas, agora vertendo etanol, soja e a venda antecipada de nosso pré-sal. A fúria da “democracia americana", ressurge, com toda a sua crueldade: invasão no Iraque e os recentes bombardeios na Líbia são apenas alguns exemplos. Os aliados de ontem, como o ditador líbio Muammar Kadafi, são os inimigos de hoje desde que o controle dos poços de petróleo continue nas mãos do Estados Unidos da América!
Intervenção no Haiti e acordos para venda antecipada do pré-sal são as necessárias faces políticas de governos liberais que procuram, a todo custo, prolongar um sistema econômico baseado nas guerras que alimentam a indústria bélica e da superexploração da classe trabalhadora. Assim, enquanto Obama faz arremedos de embaixadinhas na Cidade de Deus, sob os olhos embevecidos de Sergio Cabral, nossa juventude e trabalhadores são aprisionados.
Mais um ato de violência do governador. Quem não se lembra da violência contra a passeata dos professores e da repressão aos movimentos Sem Teto? É crime gravíssimo contra ordem pública protestar contra os acordos econômicos aqui firmados e corajosamente se manifestar pela necessidade de uma nova política econômica, na qual a riqueza brasileira não fique na mão de 10 grande milionários?
O Coletivo Marxista registra seu repúdio aos governos Dilma e Cabral e à política de extermínio e criminalização dos movimentos sociais, ante-sala do que se espera para os Jogos Olímpicos e para a Copa do Mundo. A tarefa de todos militantes de esquerda é, neste momento, repudiar a postura fascista dos governos Dilma/Cabral e exigir a imediata libertação dos prisioneiros políticos.
LIBERDADE IMEDIATA AOS NOSSOS PRESOS POLÍTICOS
- Pelo cessar-fogo interno e externo na Líbia.
Apoio à luta do povo árabe!
- Não à venda do pré-sal!
- Fora as tropas brasileiras do Haiti
- Pela soberania e autodeterminação dos povos
- Pela Unidade Proletária na luta contra o capitalismo
- Lista dos presos políticos:
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Gilberto Silva – eletricista
Rafael Rossi - professor de estado, dirigente sindical do SEPE
Pâmela Rossi - professora do estado
Thiago Loureiro - estudante de Direito da UFRJ, funcionário do Sindjustiça
Yuri Proença da Costa - funcionário dos Correios
Gualberto Tinoco "Pitéu" - servidor do estado e dirigente sindical do SEPE
Gabriela Proença da Costa - estudante de Artes da UERJ
Gabriel de Melo Souza Paulo - estudante de Letras da UFRJ, DCE-UFRJ
José Eduardo Braunschweiger – advogado
Andriev Martins Santos - estudante da UFF
João Paulo - estudante Colégio Pedro II
Vagner Vasconcelos - Movimento MV Brasil
Maria de Lurdes Pereira da Silva - doméstica
FONTE: Coletivo Marxista
(Postado por LUTA PELA EDUCAÇÃO em 21 março 2011 às 16:30)
Comentários
O protesto era suprapartidário e foi livre até o incidente do molotov - que não interessava a ninguém do governo, aliás - só a quem estava a fim de publicidade.