FIJ pede libertação de jornalista iraquiano
O primeiro ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, disse que as cortes judiciais irão determinar que ações serão tomadas contra o jornalista que atirou seus sapatos no presidente norte-americano George W. Bush.
Muntadar al-Zeidi, chamou Bush de "cão" em árabe. "É o beijo de despedida, seu cão", disse ele.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) defendeu , dia 16/12, a imediata libertação do jornalista iraquiano Muntadar al-Zeidi, que lançou sapatos contra o presidente de Estados Unidos, George Bush. Para a entidade, o protesto do repórter da TV Al-Baghdadiya foi uma reação raivosa à ocupação dos EUA no Iraque e ao tratamento violento dispensado a civis e jornalistas nos últimos quatro anos.
"Este jornalista estava expressando as próprias visões profundamente sentidas dele e nós não podemos tolerar as ações dele”, disse o secretário geral da FIJ, Aidan White. “Mas depois de anos de intimidação, maus -tratos e matanças não solucionada não é nenhuma surpresa que haja raiva e ressentimento entre jornalistas", acrescentou.
"Quando os EUA desafiam a lei no Iraque, não é nenhuma surpresa que os jornalistas olhem de outros modos para fazer seu protesto contra a injustiça”, disse White.
A FIJ advertiu que o jornalista pode estar debaixo de ameaças e maus-tratos sob a custódia das forças dos EUA. Em apoio a sua filiada, a União dos Jornalistas Iraquianos, a FIJ reivindicou a libertação de Muntadar al-Zeidi e que segurança dele ser garantida.
A entidade também pediu que o governo iraquiano faça uma ampla investigação das mortes de jornalistas desde o início da ocupação dos EUA no país. A FIJ- IUJ conta 284 jornalistas assassinados no Iraque desde abril de 2003.
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