Trabalhadoras do McDonald’s dos EUA fazem greve contra assédio sexual

                                 

Em 10 cidades dos Estados Unidos, as trabalhadoras da rede McDonald’s realizaram uma greve de um dia, inspirada no movimento #MeToo, para combater o assédio sexual na multinacional do fast-food. As denúncias principais é que a empresa não trata de maneira adequada o assédio sexual em seus estabelecimentos.

De acordo com as organizadoras da greve, esta foi a primeira do tipo e teve a intenção de exigir que o McDonald’s tome medidas para acabar com o assédio que as trabalhadoras sofrem, como passadas de mão, comentários ofensivos e machistas e, inclusive, as propostas sexuais em seus restaurantes.

A greve acontece 4 meses depois de as mulheres que trabalham no McDonald’s, em nove cidades do país, apresentarem denúncias por assédio sexual contra a empresa à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego. 

A pauta de combate ao assédio sexual se soma à demais reivindicações do sindicato que exige melhores condições de trabalho e aumento salarial para U$15 por hora trabalhada.

Inspirados no movimento #MeToo contra a violência sexual, as funcionárias disseram que as suas experiências refletem a cultura machista existente na sociedade e nos restaurantes. 

De acordo com a Hart Research Associates, de Washington/DC, 40% das trabalhadoras do McDonald’s já foram assediadas no trabalho. As mulheres mais afetadas são negras ou latino-americanas. 

Uma investigação da Stop Street Harassment, da cidade de Reston na Virginia, demonstrou que mais de 76% de mulheres entre 18 a 24 anos de idade e 35% de homens dessa faixa etária informaram que sofreram algum tipo de assédio sexual no trabalho.

A Unidade Classista se soma à luta e apoia as reivindicações das trabalhadoras no combate ao assédio sexual e às condições degradantes de vida e trabalho que as mulheres, especialmente pobres, negras e/ou latino-americanas, sofrem nos EUA e em todo mundo.

(Com a Unidade Classista)

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