Para entender o affaire NABORNO Karabakh
Al Jazeera/Reprodução
Em 1999 a NATO agrediu a Sérvia a ferro e fogo a fim de promover a secessão da sua província do Kosovo, instalando ali um governo mafioso e uma nova base militar dos EUA (Bondsteel). Mas agora, no caso de Nagorno Karabakh, os EUA mantem um prudente silêncio quanto à secessão desta província do Azerbaidjão. Dois pesos e duas medidas? Não, na verdade o objectivo permanente do imperialismo é criar o máximo de instabilidade possível nas proximidades da Rússia (Ucrânia, Geórgia, Arménia, etc). Assim, a guerra actual desencadeada pelo Azerbaijão contra aquela província rebelde de 150 mil habitantes de etnia arménia serve perfeitamente aos interesses imperiais.
A Arménia tem cerca de 3 milhões de habitantes e o Azerbaijão 10 milhões. Este último é muito mais rico pois é exportador de petróleo. Assim, a defesa da população de Nagorno Karabakh depara-se com uma correlação de forças desfavorável à Arménia. O Azerbaijão pode comprar todo o armamento que quiser e conta com o apoio da Turquia. Esta por sua vez enviou para ali antigos mercenários do ISIS que actuavam na Síria.
Do ponto de vista da Rússia, a melhor solução será um acordo por via diplomática entre os dois países. Entretanto, o actual governo da Arménia tenta sentar-se em duas cadeiras ao mesmo tempo: quer ficar benquisto com os EUA e com a Rússia.
Isso, naturalmente, dificultará eventuais auxílios militares por parte da Rússia. Quanto a auxílios dos EUA, é melhor que a Arménia nem pense nisso – os States só querem atiçar as brasas.
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