Contando carneirinhos

 

                                                                           

Por Anita ComumTsó

Parei de contar carneirinhos a comecei a refletir um pouco sobre a realidade brasileira...Fi-lo consciente de que sou um zerinho à esquerda no contexto da política nacional.

Mas que fazer? Sempre fui de tomar partido. Ainda que não tenha mais quaisquer ligações com o do meu amigo e inspirador, que cedo, cedo, me levou para um dos partidos de esquerda.

E me tornei uma espécie de "canhota", como eram conhecidas pessoas que militavam...

Nunca liguei para isso. Continuei tomando meus runs com Coca-Cola...

Um dia alguém chegou perto do meu ouvido, com um bafo horrível de cerveja e me segredou: "Sua comunistazinha de araque"!

Refeita do susto, limitei-me a levantar o indicador para o falso "cor de rosa"...

Sim, tinha absoluta certeza de minhas convicções e jamais a neguei...

Apesar de adorar minhas saias de seda pura, mesmo que nem sempre combinadas com blusas estampando um enorme rosto do Che...

Mas eu falava de minhas noites de insônia..

Quem não as tem com tantas notícias terroristas, como os campos de concentração modernos em Manaus, onde as pessoas morrem em câmaras de gás estranhas...

Ainda com a agravante de péssimos comediantes a lançar, via programa do Datena, dobradinhas de candidatos às eleições do ano que vem.

Um acinte aos brasileiros! Ou você discorda? O tal sr. Bolsonaro disse na Band que talvez a melhor dupla para 2022 seria a formada por Dória e Rodrigo Maia.

Seguramente para enfrentá-lo, com a dupla de extrema direita Bolsonaro e Eduardo Pazzuelo...

Eu por mim, que não tenho, repito, participação em jornais de TV, tampouco em reunião do condomínio do meu prédio, me contataria com a dupla Boulos,como presidente, e Lula, como vice.

Seria uma resposta à altura da Esquerda.

Esquerda com "E" maiúsculo mesmo, ainda que, no caso desta 

"comunistazinha de caviar", seguramente mereceria mil e uma críticas do 247, mesmo sem direito a 

charges do Aroeira...

Ah! melhor voltar a contar carneirinhos...

E deixar a política para os políticos...