Massacre de Ipatinga


Vamos a mais detalhes sobre o massacre de trabalhadores em Ipatinga.No dia 28/10/2009, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa se reuniu para discutir o episódio. Na noite de seis de Outubro de 1963, durante a saída do turno das 22h,depois de uma confusão na portaria, um dos metalúrgicos foi preso por um policial militar, conta o boletim Assembleia Informa.
A notícia da prisão teria causado tumulto em um dos alojamentos onde dormiam os trabalhadores, o que resultou na prisão de outras 300 pessoas durante a madrugada.
No dia seguinte, trabalhadores se aglomeraram em frente ao portão de entrada da Usiminas e se recusaram a trabalhar.
"Há relatos de que uma pedra teria sido lançada contra os policiais, que teriam começado a atirar contra os trabalhadores", relata o Assembleia Informa. De acordo com a lista oficial divulgada na época, oito pessoas morreram.
Segundo o jornalista Marcelo Freitas, autor do livro Não por acaso, "vários moradores da cidade acreditam que o número de vítimas tenha sido maior.
"O autor localizou em Belo Horizonte e Itapetinga, no interior da Bahia, parentes de pessoas que desapareceram naquele dia e de quem até hoje procura informações sobre o que teria ocorrido com elas", relata o jornal
O Popular, de Viçosa.
A investigação foi conduzida em quatro etapas. A primeira foi em 1988, quando Marcelo Freitas era repórter do Hoje em Dia. A segunda, quando era repórter do Estado de Minas.
A matéria de O Popular diz que "em 2004 e 2005, Marcelo Freitas trabalhou o tema no mestrado em Ciências Sociais da PUC Minas".
Em 2006 e 2007 concentrou sua atenção na busca de informações sobre a polêmica em torno do número de mortos.
Para isso entrevistou médicos e enfermeiros de hospital da região do Vale do Aço que estavam em atividade em 1963.
O livro traz o relato de um motorista da Usiminas que, no dia 8 de Outubro de 1963, buscou, na funerária da Santa Casa, em Belo Horizonte, 32 caiões que foram deixados no almoxarifado da empresa.
Dois vereadores do Vale do Aço, Marcos da Luz, de Coronel Fabriciano, e Agnaldo Bicalho,de Ipatinga, enviaram carta à Usiminas pedindo que os arquivos da época sejam liberados aos pesquisadores.

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