Jornalismo mineiro dá adeus a Afonso de Souza (Afonso foi chefe de Reportagem no "Diário da Tarde", onde em 1966, fechou questão com a diretoria Associada para registrar jornalistas que lá trabalhavam há três, nove anos, sem registro. Foi crítico de cinema no DT ; promoveu o primeiro jogo de futebol feminino em Minas, com o América vencendo o Atlético por 2 a 1. Na TV Itacolomi foi criou sessão política e o Movietone, um programa cultural. Foi também diretor geral da Rádio Inconfidência. O jornalismo fica a dever ao grande De Souza todas as homenagens. José Carlos Alexandre)

                                                                                                                                   Reprodução

Ivan Drummond

Faleceu nesse 13 de maio, aos 96 anos, o jornalista Afonso de Souza, que trabalhou por mais de 40 anos, no Jornal Estado de Minas, sendo o responsável por uma das colunas mais importantes da história do jornalismo mineiro, o Registro Cultural, que era publicado diariamente na página 7 do caderno Segunda Seção.

Afonso entrou para os Diários Associados no final dos anos 40, tendo trabalhado como repórter de Esportes, do jornal Diário da Tarde. Era também funcionário público. Trabalhou no Detran-MG. Também foi jornalista no Diário do Comércio.

Formou uma equipe de esportes com nomes importantes desse setor na imprensa mineira, como Edison Zenóbio, Naeme Mansur, Francisco Teixeira da Costa (Xoxó), Felippe Drummond, Mangabeira, Gastão Franco, que era o repórter dos Esportes Especializados. 

Pouco tempo depois se tornou editor de Esportes do noticioso, em substituição a Zenóbio, que partiu para outras áreas da redação de dos Diários Associados.

Nos anos 70, Afonso foi alçado a editor de Interior do Estado de Minas, ao mesmo tempo em que passou a publicar a coluna Registro Cultural. O espaço passou a ser o ponto de referência de notícias não só de música, pois noticiava, com exclusividade, os novos lançamentos, dentre eles, o furo jornalístico da dupla Milton Nascimento e Fernando Brant, como também da área teatral e também das artes plásticas.
Permaneceu no Estado de Minas até se aposentar, no início dos anos 90. Era uma das referências da música mineira e brasileira. Atuou também no fortalecimento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais lamenta morte de seu associado, que entrou para o entidade na década de 50 e permaneceu durante toda sua carreira como associado, e deseja muita força para a família nesse momento.


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