“Fotografar é escrever com a luz”, já dizia Drummond
Alcyr Cavalcanti, conselheiro da ABI
“A câmara, entretanto, ajuda a ver e rever, a multi-ver,
O real nu,cru, triste e sujo, desvenda, espalha, universaliza,
A imagem que ela captou e distribuiu, obriga a sentir
A criticamente julgar, a querer bem ou a protestar
A desejar mudança.”
Carlos Drummond de Andrade
No dia 18 de agosto de 1839 a Academia Francesa de Ciências anunciava uma nova invenção o daguerreótipo, o antecessor das câmeras fotográficas. Desde então a “nobre arte”faz a alegria de milhões em todo o planeta. Revelar o oculto, aquilo que está por trás das aparências, registrar os momentos fugazes que não mais se repetirão, simples lembranças esmaecidas em nossas memórias. Arte ou documentação, construída de fragmentos da vida ela é utilizada em quase todas as atividades humanas.
Desde aquele 19 de agosto a fotografia trilhou múltiplos caminhos. As imagens fotográficas constituem um dos meios importantes e mais criativos para a identificação e a representação das particularidades de uma Cultura, um importante documento para a história de uma sociedade. Em uma época de crise em que tentam impor uma “Nova Era” com conceitos envelhecidos que reaparecem como fantasmas a nos assombrar, a Fotografia vai ser mais do que nunca o testemunho de uma época, de um país que só vai poder caminhar para um futuro melhor através do conhecimento de sua história,, de sua crises, de sua superações.
Salve Louis Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niépce que iniciaram o caminho trilhado por um número quase infinito de pessoas.
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A imagem é do autor do artigo, Alcyr Cavalcanti.