Paz na Venezuela e região

                                                                   
Preservar a paz na Venezuela e na região de América Latina e o Caribe constitui hoje uma prioridade para os partidos e organizações políticas e sociais integrantes do Foro de São Paulo reunidos em Caracas até este domingo.

Na Declaração Final da XXV Reunião Anual, o mecanismo de acordo da esquerda latino-americana e mundial chamou à promoção da solidariedade com a defesa da soberania e a autodeterminação do povo venezuelano.

O documento expressou o apoio ao diálogo entre o Governo bolivariano e a oposição, por ser 'uma expressão genuína da democracia e das liberdades' existentes no país; recusou as ameaças de intervenção militar, as sanções econômicas e o cerco diplomata implementado por Estados Unidos contra a nação sul-americana.

A demanda do fim incondicional, total e definitivo do bloqueio econômico, comercial e financeiro de Washington contra Cuba, e a devolução ao país caribenho do território ocupado ilegalmente pela Base Naval de Guantánamo, marcaram também a declaração do Foro de São Paulo.

Assim, os partidos, organizações políticas e movimentos sociais reunidos em Caracas defender a defesa de proclamação da América Latina e o Caribe como zona de paz, aprovada em II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) em Havana.

Qualificaram de urgente e vital 'defender à CELAC como maior acontecimento unitário dos últimos 200 anos, e semear a ideia integracionista em nossos povos'.

De igual forma, chamaram a repudiar a perigosa presença militar dos Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) no Caraíbas, com fins claramente agressivos e de pressão sobre as nações da área.

O Foro de São Paulo denunciou a sua vez o papel ingerencista da Organização de Estados Americanos a serviço dos Estados Unidos, e condenou a guerra não convencional aplicada pela Casa Branca contra os governos contrários a suas ordens e interesses.

Em tal sentido, repudiou a intervenção de Washington nos assuntos internos de Nicarágua mediante sanções econômicas e 'uma inaceitável tentativa inesperadamente de Estado, derrotado pelo povo nicaraguense, cujo direito à paz deve ser defendido por todos'.

Condenou também o assassinato sistemático dos líderes sociais em Colômbia, e exigiu ao Governo de Iván Duque o cumprimento dos acordos de paz assinados com as extintas Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia Exército do Povo e o reinicio dos diálogos com o Exército de Libertação Nacional.

Convocou a fortalecer o movimento de solidariedade para exigir a liberdade imediata do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula daSilva, 'vítima de um abusivo, ilegal e indignante exercício do poder judicial contra ele', destaca a declaração.

Igualmente, o Foro de São Paulo ratificou o respaldo ao povo hondurenho em sua luta em defesa de seus direitos, contra das políticas neoliberais e a corrupção, enquanto recusou a criminalização dos migrantes por parte dos Estados Unidos, e apoiou o reclamo de independência para Porto Rico.

(Com Prensa Latina)

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