Coronavírus: FENAJ reúne informações sobre ações e orientações dos Sindicatos de Jornalistas em todo o país (Maria José,Zequinha, não deixa a peteca cair...)

                                       

Ações sindicais são realizadas em três frentes: recomendações às empresas jornalísticas, orientações aos jornalistas e funcionamento das entidades de acordo com situação em cada Estado

Os Sindicatos de Jornalistas Profissionais em diversas localidades do país estão notificando empresas de comunicação e reunindo informações com orientações específicas para os trabalhadores da categoria, com base em divulgações especializadas e oficiais sobre a pandemia de coronavírus (COVID-19) desde a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) disponibiliza, abaixo, uma série de procedimentos e os dados de direcionamento aos sindicatos nos Estados, para consulta dos profissionais jornalistas e de outras entidades sindicais, para que possam também utilizar dessas informações e ampliar a visibilização.

A atuação das entidades sindicais se dá em três frentes: 1) envio de ofício às empresas jornalísticas e que contratam profissionais jornalistas para readequar as condições de trabalho à nova realidade de risco de propagação do vírus; 2) informações direcionadas aos profissionais jornalistas, para que reconheçam potenciais situações de risco, tomem medidas individuais, quando cabível, e, ainda, denunciem aos sindicatos situações de descumprimento de recomendações por parte das empresas; e 3) situação de atendimento nas entidades sindicais, considerando que alguns Estados e Municípios estão sob decreto de situação de emergência.

As recomendações às redações incluem:

– O afastamento imediato de jornalistas que apresentem sintomas respiratórios compatíveis com a doença, tenha chegado de viagem ao exterior ou tenha tido contato próximo e recente com pessoa testada como positiva para o Covid-19 e para que providencie acesso ao teste;

– Implantação imediata de teletrabalho (home office) para profissionais com 60 anos ou mais, gestantes, jornalistas com doenças crônicas e deficiência imunológica, jornalistas que não tenham com quem deixar os filhos menores ou que vivam com pessoas da família na mesma residência em situação de vulnerabilidade à doença;

– Readequação do trabalho jornalístico, com a realização de teletrabalho no maior número de atividades e funções possíveis;

– Que as viagens e entrevistas presenciais sejam realizadas somente se estritamente necessárias ou essenciais;

– Extensão dos procedimentos e garantias a trabalhadores que atuem como terceirizados ou pessoa jurídica;

– A maioria das funções sejam exercidas de maneira remota, com subsídio de equipamentos e custeamento de internet e energia elétrica pelas empresas;

– Para quem permanecer nas redações, que seja disponibilizado álcool gel, considerando, ainda, rodízio de jornada e redução na quantidade de trabalhadores em 50%;

– Restrição de circulação nas ilhas de edição em até duas pessoas;

– Liberação do ponto eletrônico;

– Não-compartilhamento de equipamentos como mouse, teclado e computadores e que esses equipamentos estejam identificados de acordo com seus usuários;

– Equipamentos de proteção individual, inclusive máscaras, para cobertura em áreas de risco;

– Dispensa de atividades profissionais para quem apresentar sintomas de viroses diversas; evitar entrevistas presenciais;

– Isolamento de profissionais que retornam de viagens internacionais;

– Disponibilização de vacinas e custeio de tratamento pelas empresas para profissionais sem plano de saúde;

– Garantia que as equipes de reportagem não contactem e nem sejam expostas a pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19;

– Reconhecer e negociar com o Sindicato para identificar ameaças à saúde, direitos e bem-estar dos jornalistas e desenvolver e implementar respostas nos locais de trabalho;

– Proteger os salários e o pagamento integral (e em dia) de todos os trabalhadores das empresas jornalísticas;

– Seguir os planos de contingência recomendados pelas autoridades locais em casos de epidemia, tais como: permitir a ausência no trabalho, organizar o processo de trabalho para aumentar a distância entre as pessoas e reduzir a força de trabalho necessária, permitir a realização de trabalhos a distância;

– Disponibilizar transporte aos funcionários evitando transmissão nos transportes coletivos superlotados e ambiente exponencial de transmissão;

– Criação de “Comitê de prevenção ao Coronavírus” nas empresas, com participação de representação dos trabalhadores;

– Redução de jornada para as equipes de limpeza e orientação para que intensifiquem a assepsia no local de trabalho (com a devida utilização de EPI necessário, para ficarem protegidos de contaminação);

– Evitar reportagens in-loco em hospitais e outros locais de possível contaminação;

– Reforçar a limpeza do ambiente e de objetos (microfone, câmeras…) de trabalho, disponibilizando álcool em gel para devida higienização;

– Se caracterizado o nexo causal entre contaminação e exercício profissional deverá o caso ser tratado como doença profissional e por conseguinte o empregador deve arcar com todos os custos;

– Itens de maquiagem devem ser separados para uso pessoal de cada apresentador ou repórter. Nada deverá ser compartilhado. Maquiadores devem usar máscara de procedimento e luvas durante sua atividade;

– Em caso de atividades corporativas imprescindíveis que precisem de acompanhamento dos assessorados, seguir as recomendações das autoridades sanitárias;

– Reuniões e apresentações devem acontecer por videoconferência, evitando contatos;

– Envolver os jornalistas nos processos de identificação e prevenção ao Covid-19 nos locais de trabalho;

– Suspensão imediata de coletivas de imprensa feitas presencialmente, optando, assim, pelo repasse de informações à distância, por meio de notas, e-mails, ou mesmo, através da realização de teleconferências;

– Adotar ainda, no caso de trabalhadores jornalistas de emissoras de rádio e TV, que atuam em estúdios e/ou salas de transmissão (geralmente, fechadas, arejadas com o uso de ar condicionado e mediante baixas temperaturas), as medidas que sejam necessárias para possibilitar a salubridade com relação ao compartilhamento de conjuntos de head set(fones com microfones acoplados), microfones, pontos eletrônicos e afins – uma vez que os mesmos podem servir de veículo para a transmissão do coronavírus, sendo indicada a aquisição de protetores descartáveis para as superfícies dos head sets e a higienização frequente dos microfones e demais dispositivos utilizados nestes ambientes;

– Adotar políticas claras e flexíveis de licença médica e afastamento do trabalho para assegurar que os trabalhadores diagnosticados com coronavírus ou outras enfermidades do trato respiratório possam dispor dos meios necessários para a recuperação, evitando o risco para terceiros de contágio pelo coronavírus;

– Rigorosa observação às orientações do Ministério da Saúde e órgãos competentes.

CONFIRA E ACESSE AS INFORMAÇÕES COMPLETAS POR SINDICATO/ESTADO:



SÃO PAULO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo suspendeu as atividades presenciais, inicialmente até dia 30 de março e os funcionários estão em regime de home office para atender a categoria (acesse aqui para contatar a direção). O Sindicato de SP também oficiou as empresas de comunicação solicitando adoção de medidas emergenciais, como as de assepsia coletiva e de proteção individual para quem permanece em redação, e outras relacionadas a home office ou afastamento do trabalho, que não alterem jornada e assalariamento.



RIO DE JANEIRO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou orientações direcionadas aos trabalhadores, com orientações para garantia de proteção à saúde e recomendação às empresas (acesse aqui a íntegra).



ACRE

O Sindicato dos Jornalistas irá notificar via ofício os meios de comunicação; o governo estadual, para que não sejam realizadas entrevistas coletivas presenciais; as secretarias de saúde estadual e municipal para a liberação de vacina da gripe aos profissionais jornalistas. O Sindicato informou que as assessorias de imprensa suspenderam as atividades por 15 dias.



BAHIA

O Sindicato dos Jornalistas das Bahia preparou três documentos com procedimentos e orientações que devem ser adotados pelos profissionais e pelas empresas para evitar a exposição à doença: aos jornalistas, às empresas de comunicação e às assessorias de imprensa (acesse aqui os conteúdos).



CEARÁ

O Sindijorce enviou ofício às empresas de mídia, assessorias de imprensa e do poder público, além dos sindicatos patronais. O documento tem 19 medidas a serem adotadas de maneira emergencial, visando a proteção de trabalhadores e familiares (acesse aqui as informações completas ).



DISTRITO FEDERAL

O Sindicato dos Jornalistas do DF adiou ato de rua contra os ataques do presidente Bolsonaro aos jornalistas, que estava agendado para esta quarta-feira, 18, enviou ofício às empresas sobre medidas de proteção aos jornalistas e convocou mobilização virtual em defesa do jornalismo, denunciando também os riscos à profissão nas coberturas da pandemia. Junto ao Sindicato dos Radialistas do DF, o ofício enviado às empresas trata de adoção de medidas protetivas como teletrabalho, redução de jornada, vacinação, oferta de equipamentos necessários para garantir a saúde e condições de trabalho dos jornalistas (acesse aqui a íntegra).



ESPÍRITO SANTO

O Sindijornalistas notificou todos os empregadores de jornalistas do Estado, de setores públicos e privados, requerendo adoção de providências preventivas (acesse aqui a íntegra).



GOIÁS

O Sindicato de Goiás emitiu carta circular ressaltando que jornalistas estão na linha de frente da pandemia, assim como trabalhadores da saúde, orientando procedimentos para empresas de comunicação, assessorias de imprensa, jornalistas e demais profissionais da comunicação (acesse aqui a íntegra).



LONDRINA / NORTE DO PARANÁ

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Londrina enviou ofício às empresas alertando sobre cuidados com a saúde de jornalistas, visando reduzir a propagação da doença nos locais de trabalho. O alerta se estendeu, ainda, aos índices de propagação de dengue, considerando que a cidade de Londrina vive epidemia da doença (acesse aqui para saber mais).



MATO GROSSO DO SUL

O Sindicato do MS publicou comunicado oficial seguindo recomendações expressas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, orientando adoção de medidas nos ambientes de trabalho para evitar a proliferação do vírus e preservar a saúde dos profissionais e da população brasileira (acesse aqui).



MINAS GERAIS

Junto aos Sindicatos de Radialistas, dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas e dos Gráficos, o Sindicato dos Jornalistas de Minas enviou documento ofício aos sindicatos patronais e empresas de comunicação, com medidas para garantir a segurança e a saúde de trabalhadores, solicitando urgência na adoção de medidas e vigência enquanto perdurar a crise (acesse aqui a íntegra).



PARANÁ

O SindijorPR suspendeu atendimento presencial em sua sede, em Curitiba, cidade que também foi decretada situação de emergência, assim como São Paulo e Rio de Janeiro. O Sindicato oficiou as empresas jornalísticas e as entidades patronais para que sejam respeitadas uma série de medidas protetivas aos trabalhadores (acesse aqui a íntegra).



PERNAMBUCO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Pernambuco (Sinjope) formalizou contato com os sindicatos patronais de Editoras de Jornais e de Rádio de Televisão, afirmando a necessidade de tomar medidas em caráter de emergência.



RIO GRANDE DO SUL

O Sindjors enviou correspondência às Empresas de Comunicação e Sindicatos Patronais para orientar sobre medidas de prevenção ao trabalho dos jornalistas (acesse aqui a íntegra).

SANTA CATARINA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina publicou recomendação direcionada aos Sindicatos patronais de jornais e revistas e de Rádio e TV, aos dirigentes de órgãos/empresas de assessoria de imprensa públicos(as) e privados(as), e aos jornalistas profissionais visando medidas protetivas para evitar a proliferação da doença, além de suspender atendimento presencial na entidade (acesse aqui a íntegra).


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