Tempo de protestos
Que está havendo com nossos sindicatos? E nossas entidades estudantis? Passados tantos anos da ditadura militar os dois principais seguimentos continuam amorfos? Ninguém protesta. Ninguém se mexe...Um dia participei de uma reunião de sindicalistas e políticos, eu representando um dos partidos, na preparação da Campanha pelo impeachment de Collor. Um rapaz, misto de sindicalista e de político indagou do outro: "Amanha é sexta-reira. Precisamos pensar em alguma coisa a fazer na Praça Sete. Que faremos?". Logo depois tive de viajar para o exterior, onde, em cada lugar tive de fazer um histórico da campanha pelo impeachment, dar dados estatísticos e tudo o mais.Foi ótimo. Mas isto é outra história. Dias atrás passei pela Praça Sete, numa sexta-feira, e lá estava o mesmo rapaz de 1992, época do impeachment, ajudando a erguer uma faixa, buscando condenar os assassinos de profissionais da DRT em Unaí. Fiquei satisfeito. Ele continua a aproveitar o dia da semana e o ponto principal de BH. Só que poderia também protestar contra a alta do custo de vida. Feijão a 12 reais o quilo? Estacionamentos cobrando 20,25 reais por dia? Mensalidades escolares ao preço em que estão? Cobrança de três reais para circular na MG-050 a partir de 13 de junho? Preço do pãozinho só aumentando? Não dá para agüentar. Não seria motivo para sindicatos e entiades estudantis irem para as ruas? Ou estão todos cooptados pelo governo do PT e aliados?
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