Direitos Humanos, editorial de OT
"Uma das primeiras decisões do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi suspender, por 120 dias, o julgamento de todos os acusados de terrorismo presos na base naval de Guantánamo, em Cuba. Começou a cumprir, assim, uma promessa de campanha, que é o fechamento daquela prisão no prazo de um ano.
O fato é auspicioso e mostra, junto com outras atitudes que tomou, em seu primeiro dia na Casa Branca, a disposição de enfrentar as questões internacionais. Os primeiros telefonemas feitos foram para alguns líderes políticos do Oriente Médio, a quem manifestou o compromisso de buscar a paz entre árabes e israelenses.
De fato, se internamente o governo Bush pouco se diferenciou de seus antecessores, externamente ele produziu um passivo que vai demorar tempo para ser reduzido ou anulado. Bush ressuscitou a velha política do big stick, de polícia do mundo, e um símbolo disso foi, sem dúvida, a prisão de Guantánamo.
Criada logo depois do 11 de Setembro, a prisão chegou a deter milhares de prisioneiros provenientes do Afeganistão, Iraque e outras partes do mundo. Hoje, guarda 245 presos, que esperavam julgamento por tribunais de exceção. Entre esses presos estão acusados de terem participado do atentado de 11 de setembro de 2001.
Urge restabelecer o respeito aos direitos humanos desses presos, que não são considerados nem prisioneiros de guerra, sujeitos portanto a todas as violações, inclusive à tortura. Na impossibilidade deles retornarem a seus lugares de origem, os EUA teriam de os abrigar, mas nações como a Suíça já se ofereceram para fazer isso.
Resquício do imperialismo e da Guerra Fria, Guantánamo é questionada também como base militar dos EUA na América Latina. Cedida aos norte-americanos ad aeternum, mediante o pagamento de uma quantia insignificante - que Castro, desde que assumiu o poder, recusa-se a receber -, a base deveria ser devolvida aos cubanos. Hoje, Guantánamo representa uma excrescência física e moral." (Editorial de O Tempo, publicado em 23/01/2009)
O fato é auspicioso e mostra, junto com outras atitudes que tomou, em seu primeiro dia na Casa Branca, a disposição de enfrentar as questões internacionais. Os primeiros telefonemas feitos foram para alguns líderes políticos do Oriente Médio, a quem manifestou o compromisso de buscar a paz entre árabes e israelenses.
De fato, se internamente o governo Bush pouco se diferenciou de seus antecessores, externamente ele produziu um passivo que vai demorar tempo para ser reduzido ou anulado. Bush ressuscitou a velha política do big stick, de polícia do mundo, e um símbolo disso foi, sem dúvida, a prisão de Guantánamo.
Criada logo depois do 11 de Setembro, a prisão chegou a deter milhares de prisioneiros provenientes do Afeganistão, Iraque e outras partes do mundo. Hoje, guarda 245 presos, que esperavam julgamento por tribunais de exceção. Entre esses presos estão acusados de terem participado do atentado de 11 de setembro de 2001.
Urge restabelecer o respeito aos direitos humanos desses presos, que não são considerados nem prisioneiros de guerra, sujeitos portanto a todas as violações, inclusive à tortura. Na impossibilidade deles retornarem a seus lugares de origem, os EUA teriam de os abrigar, mas nações como a Suíça já se ofereceram para fazer isso.
Resquício do imperialismo e da Guerra Fria, Guantánamo é questionada também como base militar dos EUA na América Latina. Cedida aos norte-americanos ad aeternum, mediante o pagamento de uma quantia insignificante - que Castro, desde que assumiu o poder, recusa-se a receber -, a base deveria ser devolvida aos cubanos. Hoje, Guantánamo representa uma excrescência física e moral." (Editorial de O Tempo, publicado em 23/01/2009)
Comentários
Óia nós aí na web, blogosféricos e nerds da terceira idade. Foi com uma bruta satisfação que vi comentário em meu blog desse mestre e parceiro de mil e um agitos, desde a década de 70, desde a romântica rua Goiás...
Um dia a gente ainda escreve q quatro mãos um livro sobre os bastidores das redações de jornais. Muita coisa que vale a pena resgatar.
No mais, parabéns pelo seu blog. A internet ganhou mais um fera,com a participaçãoça do grande José Carlos Alexandre.
Abração, Cefas Alves Meira
Óia nós aí na web, blogosféricos e nerds da terceira idade. Foi com uma bruta satisfação que vi comentário em meu blog desse mestre e parceiro de mil e um agitos, desde a década de 70, desde a romântica rua Goiás...
Um dia a gente ainda escreve q quatro mãos um livro sobre os bastidores das redações de jornais. Muita coisa que vale a pena resgatar.
No mais, parabéns pelo seu blog. A internet ganhou mais um fera,com a participaçãoça do grande José Carlos Alexandre.
Abração, Cefas Alves Meira