Minério não dá duas safras
O ex-deputado Antônio de Faria Lopes, ex-sindicalista (foi presidente do Sindicato dos Bancários de BH) publicou interessante artigo no dia primeiro de junho no O Tempo. O título é emblemático:"Minério não dá duas safras". Só houve um engano: a frase que ele diz ser de Gabriel Passos, considerado, com muita propriedade, um dos grandes defensores do nosso minério e nacionalista de escol, não é dele.
É do ex-presidente Arthur Bernardes(08/1875/03/1955). A frase foi muito feliz e dita num outro contexto histórico,que não o citado pelo autor: os anos 60.No caso específico, 1964. Também participei de lutas semelhantes,em defesa de nosso minério, comparecendo a eventos em reuniões das então denominadas classes produtoras, partidos políticos de esquerda e até mesmo organizações da sociedade civil como a União Israelita.
Isto numa época em que a frequentávamos junto com Jaime Goffman, Jonas Block, Leon Lermann, presidente da UIB (União Israelita Brasileira) e parlamentares, sindicaloisitas e jornalistas como Sinval Bambirra, Hélio Salvador de Azevedo,Osório da Rocha Diniz, José Costa e outros. Era a luta contra a mesma Hanna Corporation, citada pelo ex-deputado. E havia tanto respeito à figura de Gabriel Passos que seu nome passou a ser cogitado para a Terra do Ouro, isto é, Nova Lima, então detentora da mina mais profunda do mundo...
Nova Lima continua conservando seu nome, que faz as delícias de quem é de lá ou que lá possui seus antepassados e a maioria de seus parentes. Arthur Bernardes, que governou a maior parte de seu tempo com o país sob estado de sítio, permanece venerado em sua terra, Viçosa. Com o mérito de ter deixado para a história a frase imorredoura: Minério não dá duas safras. Em Tempo: vamos nos somar à luta pela preservação de Conceição do Mato Dentro, terra do ex-ministro José Aparecido de Oliveira. Imagem: Arthur Bernardes que governou o Brasil de 1922 a 1926.
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Abraços