O FIM DO MURO DA PAZ E O QUE SE SEGUIU

                                                                     

Hoje, com o pretexto do Muro de Berlim, a reacção festeja em triunfo e com fanfarras a derrota do socialismo. 

Há que dizer que:  

1) Hoje o mundo está muito pior do que há 25 anos a, com guerras incessantes e a ameaça de uma guerra termonuclear; 

 2) Que a anexação da antiga República Democrática Alemã não beneficiou o seu povo, que hoje lamenta as benesses perdidas com a derrota do socialismo; 

 3) Que os trabalhadores do ocidente foram prejudicados com o fim do mundo socialista, pois agora os capitalistas consideram-se mais livres para explorá-los;  

4) Que o imperialismo adquiriu uma nova agressividade após o desaparecimento do mundo socialista; 

5) Que de 1961 a 1989 o Muro de Berlim, ou Muro da Paz, garantiu a tranquilidade na Europa, assim como a defesa da RDA contra a guerra implacável que sempre lhe foi movida com constante sabotagem económica, financeira, tecnológica, militar e psicológica;  

6) Que esses clamores triunfantes da reacção fazem todos os possíveis por esquecer os tristes muros que hoje dividem o mundo, como as muralhas que retalham o estado nazi-sionista e encerram o povo palestino em guetos; a muralha mortal, física e electrónica, que assassina mexicanos pobres na fronteira com os EUA; o muro que o regime neo-nazi de Kiev agora está a construir nas fronteiras ucranianas, apesar da ruína económica em que está afundado;  

7) Os palradores que hoje peroram na TV portuguesa acerca do Muro de Berlim deveriam meditar, se fossem capazes disso, na desgraçada situação económica, financeira, social, política, ecológica e energética em que está hoje o mundo capitalista – o seu triunfalismo seria arrefecido. (Com resistir.info)

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