Tecnologia russa faz retratos de Dostoiévski e Mona Lisa se mexerem
OLEG EGOROV
Graças a redes neurais, pinturas e fotografias podem se mover, conversar e sorrir.
Desenvolvedores TI russos que trabalham no centro de pesquisa de Skôlkovo e da Samsung revelaram uma nova tecnologia que faz fotos e retratos agirem como pinturas de Harry Potter – imagens estáticas são transformadas em figuras móveis.
Assim, afirmam os especialistas, é possível, enfim, “saber como a Mona Lisa se sente, em vez de esconder as emoções por trás de seu eterno sorriso misterioso”.
Segundo Igor Zahkarov, chefe da equipe de desenvolvedores, o algoritmo, ou rede neural, foi “treinado” em uma grande quantidade de fotos de pessoas.
“Cada foto tinha uma ‘máscara’ especial programada que marcava as bordas do rosto e as expressões faciais básicas. Depois de acumular exemplos suficientes, a rede neural foi capaz de imitar as expressões e aplicá-las a qualquer tipo de retrato”, explica.
Embora alguns pareçam um pouco assustadores, as cabeças “falantes” lembram as pessoas reais nos retratos – como é o caso deste de Fiódor Dostoiévski.
No entanto, como sempre acontece com esse tipo de progresso tecnológico, ele também pode ser usado para fins nefastos.
De acordo com o site SamMobile, caso sejam aperfeiçoados e caíam em mãos erradas, esses algoritmos poderiam ajudar a criar vídeos falsos com “potencial de destruir indivíduos e comunidades”.
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TECNOLOGIA CIENTISTAS RUSSOS
(Com Russia Beyond)
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