A Venezuela e o sistema bancário


Guennadi Sperski (*)
O governo da Venezuela cria o Sistema de Controle Permanente das atividades do setor bancário. Este órgão deverá evitar irregularidades e ilegalidades na esfera financeira. Com o objetivo do seu saneamento haverá uma reforma da lei obsoleta sobre o sistema bancário nacional.
Os primeiros passos decididos foram dados na semana passada: sete pequenos bancos privados infratores foram encerrados pelas autoridades. Dois deles serão extintos, com base nos restantes cria-se o Banco Bicentenario que será do Estado.
A agência americana Moody’s considera que as medidas tomadas poderão subverter a confiança dos clientes nos bancos privados venezuelanos e em todo o sistema financeiro do país.
A Venezuela não faz nenhuma descoberta. O saneamento do sistema bancário realiza-se, se necessário, nos EUA, países da União Europeia, Japão, China, Brasil etc. Com isso, não se trata de proibir totalmente as instituições bancárias privadas. É o que diz a este respeito o presidente da Venezuela, Hugo Chaves: " A propriedade privada pode existir sem problemas se os seus proprietários agirem de acordo com a Constituição e as leis existentes".
O presidente Hugo Chaves desmente as declarações da oposição sobre uma crise bancária e financeira que atingiu o país. Segundo as suas palavras, o sistema bancário nacional da Venezuela é firme e seguro.
Grandes bancos privados são rentáveis e rendosos. Oito deles manifestaram-se dispostos, a par do Estado, a tomar parte na prestação da ajuda aos depositantes dos bancos infractores encerrados.
Contra os seus proprietários foi aberta uma ação judicial, oito deles já se encontram presos preventivamente. Ao todo, a Procuradoria geral assinou trinta mandados de captura de pessoas ligadas a fraudes financeiras.
Guennadi Sperski é comentarista econômico da Voz da Rússia. Imagem: o presidente Chávez chega a Havana para discutir ALBA e é recebido no Aeroporto por Raúl Castro Ruz/Granma.

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