As eleições de outubro
Daniel de Oliveira
BREVE COMENTÁRIO SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES
Existem dois partidos no Brasil que desde 1994 têm se revezado no poder, e apenas uma classe social representada, formada por banqueiros, grandes industriais nacionais e estrangeiros, latifundiários, especuladores e suas ramificações, cooptados entre intelectuais, imprensa e tecnocratas.
Essa democracia de fachada, que se iniciou com o fim do regime militar, não é nem de longe a mesma democracia com a qual sonharam e deram as vidas e o melhor de seus dias milhares de brasileiros e brasileiras.
Além do fisiológico PMDB e seus pequenos reflexos pulverizados nas dezenas de legendas de aluguel, a chamada democracia brasileira se sustenta no PSDB, que atualmente se aproximou de tal forma ao seu opositor no que tange a orientação econômica que terá agora que se diferenciar rapidamente para manter-se uma opção de poder nacional viável, assimilando as bandeiras da direita mais retrógrada e reacionária que existe no Brasil; refugos do período ditatorial, setores conservadores da igreja católica e dos neopentecostais, seitas secretas fundamentalistas milionárias como a Opus Dei, juristas e latifundiários empenhados com a criminalização dos movimentos populares; enfim, segmentos elitistas arcaicos e racistas que nada têm de “social-democratas”.
Neste rol, a possível incorporação orgânica do DEM, ex-PFL, e do PPS, partidos que elevam o tom direitista, mas que encontram resistência junto ao comando nacional do PSDB, paulista e hegemonista mesmo dentro de suas fileiras.
O PT, por outro lado, satisfaz o mercado dando equilíbrio ao “jogo democrático”, garantindo paliativos para a população carente de bens e serviços de qualidade, e mantendo o ganho da elite pragmática.
O Poder Popular, a verdadeira democracia da maioria, não está contemplada em ambos os projetos. Para Lula e o PT, o atrelamento e a cooptação dos movimentos sociais dão a tônica da relação governo/movimentos populares. Para o PSDB e companhia, tal relação é caso de polícia.
Por isso, a palavra de ordem do PCB, Derrotar Serra nas urnas e Dilma nas ruas, demonstra que, para além de Serra, Dilma e a abstenção, somente a mobilização popular, consciente e unida, poderá romper o cerco que a burguesia impôs aos trabalhadores e trabalhadoras nos processos de escolha de seus governos e representantes.
Existem dois partidos no Brasil que desde 1994 têm se revezado no poder, e apenas uma classe social representada, formada por banqueiros, grandes industriais nacionais e estrangeiros, latifundiários, especuladores e suas ramificações, cooptados entre intelectuais, imprensa e tecnocratas.
Essa democracia de fachada, que se iniciou com o fim do regime militar, não é nem de longe a mesma democracia com a qual sonharam e deram as vidas e o melhor de seus dias milhares de brasileiros e brasileiras.
Além do fisiológico PMDB e seus pequenos reflexos pulverizados nas dezenas de legendas de aluguel, a chamada democracia brasileira se sustenta no PSDB, que atualmente se aproximou de tal forma ao seu opositor no que tange a orientação econômica que terá agora que se diferenciar rapidamente para manter-se uma opção de poder nacional viável, assimilando as bandeiras da direita mais retrógrada e reacionária que existe no Brasil; refugos do período ditatorial, setores conservadores da igreja católica e dos neopentecostais, seitas secretas fundamentalistas milionárias como a Opus Dei, juristas e latifundiários empenhados com a criminalização dos movimentos populares; enfim, segmentos elitistas arcaicos e racistas que nada têm de “social-democratas”.
Neste rol, a possível incorporação orgânica do DEM, ex-PFL, e do PPS, partidos que elevam o tom direitista, mas que encontram resistência junto ao comando nacional do PSDB, paulista e hegemonista mesmo dentro de suas fileiras.
O PT, por outro lado, satisfaz o mercado dando equilíbrio ao “jogo democrático”, garantindo paliativos para a população carente de bens e serviços de qualidade, e mantendo o ganho da elite pragmática.
O Poder Popular, a verdadeira democracia da maioria, não está contemplada em ambos os projetos. Para Lula e o PT, o atrelamento e a cooptação dos movimentos sociais dão a tônica da relação governo/movimentos populares. Para o PSDB e companhia, tal relação é caso de polícia.
Por isso, a palavra de ordem do PCB, Derrotar Serra nas urnas e Dilma nas ruas, demonstra que, para além de Serra, Dilma e a abstenção, somente a mobilização popular, consciente e unida, poderá romper o cerco que a burguesia impôs aos trabalhadores e trabalhadoras nos processos de escolha de seus governos e representantes.
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