Brasileiros assediam jornalista russa
A jornalista russa Barbara Gerneza, correspondente do Portal iG na Copa do Mundo, foi mais uma vítima de assédio durante a cobertura do mundial. Ela tentava gravar entrevistas com brasileiros para o IG Esportes, quando viu um grupo de 14 torcedores brasileiros e resolveu aborda-los.
Assim que falou com eles, os homens começaram a cantar uma música de baixo calão se referindo ao órgão sexual feminino. Um deles também tentou beija-la no final da gravação. O caso foi noticiado pelo IG, Catraca Livre e outros sites nacionais.
De acordo com o IG, Barbara entende e fala bem português, mas não é fluente. Antes da Copa do Mundo, ela passou cinco meses em São Paulo, onde se aperfeiçoou na língua portuguesa. Mesmo assim, não entendeu muito bem o que estava acontecendo na hora.
A jornalista só percebeu que tinha sido vítima de assédio, quando chegou em casa e foi assistir a gravação. Ela, então, resolveu fazer um vídeo falando sobre o episódio:
“Na hora eu não percebi, estava bem ansiosa porque tentava fazer a entrevista em português e eles estavam cantando para mim. Não prestei atenção nas palavras, só percebi depois que vi o vídeo de novo. O sentimento não foi nada bom, foi triste. Eles pareciam ser divertidos, mas na verdade não foi nada legal. Você não espera algo assim, você espera coisa boa, e então acontece isso."
Não é o primeiro caso de assédio cometido por brasileiros durante a Copa do Mundo. O incidente que ganhou maior repercussão foi realizado por um grupo de brasileiros que assediou uma mulher russa e postou o vídeo nas redes sociais.
No vídeo os homens incentivam a mulher a falar sobre suas partes íntimas. Eles falam sobre a genitália da mulher, usando um palavrão, e dizendo que ela é “rosa, rosinha, bem rosinha”.
Em outro caso, a jornalista colombiana Julieth González Therán foi assediada durante uma transmissão ao vivo, na Praça do Manege, em Moscou, às vésperas do mundial, um homem a beijou e colocou a mão em um de seus seios.
(Com o Portal Imprensa)
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