‘'É preciso ter mais imprensa e mais jornalismo para combater notícias falsas’, diz Luiz Fux
Alan Santos
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, defendeu hoje a importância da imprensa no combate às falsas notícias, principalmente no período eleitoral. Ao participar do Seminário Internacional Fake News: Experiências e Desafios, em Brasília, promovido Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), ele afirmou que é preciso "mais imprensa e mais jornalismo" para combater notícias falsas. As informações são do G1 e do site do TSE.
Em seu discurso, o ministro ressaltou que "as notícias falsas representam a ira de um candidato contra o outro ao invés de revelar as suas próprias virtudes. E isso é absolutamente intolerável no sistema democrático".
“A difusão de notícias sabidamente falsas causam um dano irreparável à candidatura alheia e, por essa razão, o mais importante para o TSE é atuar preventivamente do que repressivamente.
Fuz também elencou as ações do TSE no combate às fake news durante o período eleitoral. Destacou uma parceria firmada com Ministério Público Federal, Polícia Federal, profissionais de marketing e partidos políticos. “Temos a certeza de que as eleições no Brasil serão um exemplo de higidez democrática, de moralidade e de ética na política brasileira.”
Em seu discurso, o presidente do TSE disse que as fake news "poluem o ambiente democrático". "Sempre deve haver uma checagem, não só leitura do título da matéria, mas o seu contexto e acima de tudo aquela checagem profunda antes do compartilhamento que acaba difundindo a fake news”.
Além de Fux, participaram do evento, o presidente da República, Michel Temer; o presidente do Senado Federal, Eunicio Oliveira; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; os ministros Sérgio Sá Leitão (Cultura), Marcos Jorge de Lima (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações); e o presidente da Abratel, Márcio Novaes.
Em sua fala, Temer ressaltou o trabalho da imprensa e disse que a "imprensa livre e a democracia são irmãs siamesas" e que a liberdade de imprensa é um “pilar essencial da democracia” e é preciso “defendê-la e até cultivá-la”. "Sociedades que valorizam a livre divulgação de ideias são mais fortes e mais dinâmicas."
Maia destacou que as notícias falsas merecem preocupação pelo impacto que as redes sociais têm na política e na sociedade. Ele lembrou que o uso desses canais como “instrumentos de pressão”, em processos eleitorais em outros países, demonstrou força ao influenciar o resultado das urnas.
E Novaes ressaltou a importância do papel do jornalismo profissional no combate às noticias falsas. “Esse fenômeno tem ganhado as rodas de debates em todo o país, principalmente com a aproximação das eleições. No entanto, uma notícia chamada de falsa não deveria ser considerada uma notícia, pois foge do principio básico do jornalismo que é a verdade”, disse ele.
(Com o Portal Imprensa)
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