Jornalistas estão na mira de máfias ao redor do mundo
Jornalistas tornaram-se alvo frequente de grupos mafiosos ao redor do mundo. De acordo com levantamento divulgado pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), nos últimos dois anos (2017/2018) mais de 30 profissionais de imprensa foram assassinados como forma de represália por reportagens investigativas. A ausência de respaldo na proteção por parte das autoridades também influenciou, informou a organização.
A ONG registrou três mortes deste tipo no Brasil em 2018. De acordo com o levantamento, as máfias ligadas aos cartéis de drogas foram responsáveis por pelo menos dez assassinatos de jornalistas no total esse ano.
Além das ocorrências no Brasil, houve quatro mortes no México e três na Colômbia/Equador. O México, aliás, é o país onde a situação está mais grave. Desde 2012, foram 32 assassinatos de jornalistas com atuação de narcotraficantes.
Na Europa, o quadro também não é muito diferente. A RSF informou que países como Eslováquia, Malta e Itália atravessam condição crítica. Na Itália, por exemplo, cerca de 200 profissionais estão em situação de risco, 19 deles necessitando de proteção pessoal.
Em outras regiões do mundo, a segurança dos jornalistas é um impasse constante. É o caso de Rússia, Turquia, Índia e Camboja.
"Os jornalistas que investigam assuntos perigosos como a máfia são muitas vezes deixados sozinhos e indefesos diante de represálias. Os estados devem fazer todos os esforços para fornecer apoio e proteção adequados e não fazer ouvidos surdos a seus pedidos de proteção", declarou Christophe Deloire.
Leia o relatório aqui.
(Com o Portal Imprensa)
Comentários