Egito bane venda de coletes amarelos com medo de protestos semelhantes aos da França

                                                      

Restrições devem permanecer até janeiro, mês em que se completa oito anos da revolta que derrubou o então presidente Hosni Mubarak

As autoridades egípcias baniram a venda de coletes amarelos reflexivos no país com medo de que, inspirados pela onda de protestos na França, oposicionistas iniciem manifestações semelhantes no país. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11/12) pela agência Associated Press.

Segundo a AP, lojas que vendem equipamentos de segurança foram instruídas para não venderem coletes para consumidores individuais – somente para empresas de segurança que sejam certificadas pelo governo egípcio.

As restrições devem prosseguir até janeiro, no mínimo. O primeiro mês de 2019 vai marcar o aniversário de oito anos da Primavera Árabe no Egito, que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.

França

Os coletes amarelos viraram o símbolo da onda de manifestações na França, que se iniciaram com o aumento do preço dos combustíveis. Nas últimas semanas, os protestos tomaram grandes proporções e episódios de violência ficaram frequentes.

No último sábado (08/12), a polícia francesa chegou a colocar tanques de guerra nas ruas de Paris para tentar conter os manifestantes. Ao menos 50 pessoas ficaram feridas nos protestos, cerca de 1.000 passaram por alguma revista policial e 720 tiveram prisão preventiva declarada de forma imediata.

Na noite desta segunda (10/12), o presidente Emmanuel Macron fez o primeiro pronunciamento desde o início das manifestações, e prometeu reajustar o salário mínimo no país em € 100.

(Com Opera Mundi)

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