Liberdade para Abdulhadi Al Khawaja
Opositores à monarquia do Barém se manifestaram hoje na aldeia de Ma''ameer para exigir a libertação do ativista de direitos humanos em greve de fome Abdulhadi Al-Khawaja, e direitos políticos para a maioria xiita.
Apesar do forte aparato policial e dos antecedentes de dura repressão com gases lacrimogênios e bombas de efeito moral, os inconformados tomaram as ruas de Ma'ameer, 15 quilômetros ao sul de Manama, gritando palavras-de-ordem contra o rei Hamad Bin Issa Al-Khalifa.
Segundo informou o Centro do Barém para os Direitos Humanos, a manifestação exigiu da mesma forma a libertação de Zainab Al-Khawaja, filha do detento e também ativista social que foi presa no dia 21 de abril na vésperaas do Grande Prêmio de Fórmula Um, disputado no domingo.
Canais televisivos regionais mostraram a forte mobilização de forças de choque leais ao regime sunita, e o emprego da violência para dispersar as concentrações multiplicadas nas últimas semanas como continuidade das revoltas de fevereiro de 2011.
Al-Khawaja, que também possui cidadania dinamarquesa, é um dos 13 opositores bareinitas condenados em junho passado a severas penas de prisão, e até prisão perpétua, por incitarem os protestos pacíficos de 2011 que exigiram reformas democráticas e políticas.
A Associação de Jovens do Barém pelos Direitos Humanos, o Movimento Juvenil 14 de Fevereiro (data do início do levante) e o partido Al-Wefaq, o maior da oposição xiita, denunciaram uma brutal campanha de repressão e acosso governamental.
Além de repudiarem a indiferença da monarquia diante dos 77 dias de greve de fome de Al-Khawaja, responsabilizaram-no pela deterioração de sua saúde e por qualquer desenlace fatal, e condenaram que "estejam jogando com sua vida".
Na sexta-feira da última semana, o ativista Salah Abbas Habib, de 36 anos, foi achado morto em um terraço da aldeia de Shakhura, convertendo-se na nona vítima fatal desde 17 de março, por conta da ação policial do reino.
Os bareinitas, que culpam diretamente o rei por essas mortes, afirmaram que mais de 70 pessoas faleceram em situações similares desde fevereiro do ano anterior.(Com a Prensa Latina)
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