Seguranças de Obama maltrataram trabalhadora sexual em Cartagena

                                                
Outros três guarda-costas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renunciaram a seus postos federais, e até hoje somam seis as demissões e renúncias pelo escândalo relacionado às prostitutas colombianas.

Mark Sullivan, diretor do Serviço Secreto, atualizou nesta segunda-feira o chefe de Estado sobre os últimos acontecimentos, desenvolvimento das investigações e alegações dos implicados, mas não citaram os nomes dos agentes afetados no caso.

O senador Chuck Grassley, republicano de Iowa, chamou o presidente a ativar uma investigação mais profunda sobre este incidente que inclua revisão de chamadas telefônicas, boletos de hotéis e comunicações internas dos escoltas durante a recente Cúpula das Américas.

Vários legisladores reconheceram que o escândalo dos guarda-costas presidenciais que contrataram serviços sexuais em Cartagena tem prejudicado o prestígio da instituição de segurança e de mais de uma dúzia de efetivos da agência.

Adicionalmente às ações administrativas previamente anunciadas, três novos empregados optaram por renunciar, indicou Sullivan em um comunicado público.

Enquanto isso, uma trabalhadora sexual colombiana, conhecida como Dania, comentou ao jornal The New York Times que foi maltratada por servidores públicos norte-americanos e não descarta apresentar uma demanda contra o governo de Washington.

O caso deu um giro na semana passada quando um agente do Serviço Secreto também ameaçou demandar o governo dos Estados Unidos, enquanto outros servidores públicos de segurança desmentiram a versão oficial.

Ainda não foi identificado o guarda-costas que processará Washington. A informação sobre suas eventuais ações legais ocorreu após uma notificação de sanções contra ele.

Somado a isso, outros membros do Serviço argumentaram que as mulheres eram colombianas solteiras comuns, que não cobraram por sexo e que muitos deles são homens não casados e portanto sem tais restrições éticas.

Alguns alegaram nas primeiras entrevistas com promotoras que os acontecimentos ocorreram em Cartagena das Índias dois dias antes de Obama chegar, sempre em horários noturnos, e quando já tinham garantido todos os objetivos de segurança.

Um comunicado emitido na quarta-feira passada pelo escritório de relações públicas do Secret Service confirmou que três agentes foram demitidos do corpo de segurança da Casa Branca, ainda quando duas investigações federais independentes seguem ativas.

De acordo com o informe, um supervisor "teve sua demissão aprovada", outro chefe intermediário foi simplesmente expulso e a um terceiro empregado "foi aconselhado que solicitasse a demissão."

Antes, o Serviço Secreto tinha rebaixado temporariamente de funções os 11 guarda-costas que supostamente contrataram prostitutas durante a VI Cúpula das Américas, realizada na cidade costeira colombiana.(Com a Prensa Latina)

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