Daniela Mercury e o show em Israel | |||||
Da Frente em Defesa do Povo Palestino: Cara Daniela Mercury, Amigos palestinos, admiradores de sua música, nos escreveram assim que souberam que você pretende fazer um show em Israel, em maio próximo. Como parte do chamado feito pela sociedade civil palestina em 2005 para o Boicote, o Desinvestimento e Sanções (BDS), e inspirado pelo boicote cultural ao apartheid na África do Sul, o povo palestino pede a artistas internacionais que se juntem ao movimento BDS cancelando shows e eventos em Israel, que só servem para igualar o ocupante ao ocupado e, portanto, promover a continuação da injustiça. Em outubro de 2010, o sul-africano Desmond Tutu, consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid, apelou à ópera de seu país para cancelar a apresentação agendada em Israel. Um show em território israelense enfraquece a chamada para o BDS até que Israel cumpra os requisitos básicos do direito internacional, pondo fim à ocupação militar, à tomada de terras e à construção de novas colônias nos territórios palestinos. Na mesma linha, respeite os direitos humanos, à autodeterminação do povo palestino e ao retorno a suas terras e propriedades. A participação em um show em Israel não é um ato neutro, desprovido de qualquer mensagem política. Ao participar de um evento em Israel, você estará apoiando a campanha israelense para encobrir violações do direito internacional e projetar uma imagem falsa de normalidade. Qualquer afirmação em contrário que um artista deseje fazer por meio de sua participação nesse evento será ofuscada pelo fato de que está atravessando um piquete internacional, estabelecido pela grande maioria das organizações da sociedade civil na Palestina. Na verdade, uma mensagem de paz justa atingirá muito mais pessoas, incluindo israelenses, se você cancelar a sua participação. Desde a ofensiva de Israel a Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, que deixou 1.400 palestinos mortos e conduziu à elaboração do relatório Goldstone, o qual não deixa dúvidas que Israel cometeu crimes de guerra, muitos artistas internacionais se recusaram a tocar em um país que se coloca acima dos direitos humanos e do direito internacional. Após o ataque de Israel a um navio de ajuda humanitária com destino a Gaza em maio de 2010, o número de artistas cresceu. Elvis Costello, Gil Scott Heron, Carlos Santana, Devendra Banhart e os Pixies são apenas alguns dos que se recusaram a realizar shows em Israel naquele ano. Roger Waters é outro exemplo de pessoa pública que assume posição contrária às violações dos direitos humanos por Israel. No período em que realizou turnê no Brasil, entre final de março último e início deste mês, fez declarações à imprensa nesse sentido e em apoio à campanha por BDS. Pedimos-lhe para se juntar à lista crescente de artistas que têm respeitado o pedido de boicote. Como disse o sul-africano Desmond Tutu, "se o apartheid na África do Sul terminou, essa ocupação também terminará, mas a força moral e a pressão internacional terão de ser tão determinadas quanto". Por justiça, o chamado palestino para o BDS deve alcançar o mundo, incluindo Israel. Ficaremos felizes em discutir isso mais a fundo com você e apoiá-la no quer for necessário. Nós estamos simplesmente pedindo que você cancele seu show em Israel, de modo a não prejudicar o aumento global do movimento por boicotes ao apartheid a que está submetido o povo palestino. Aproveitamos para convidá-la a participar dessa nobre luta por uma causa da humanidade. Com grande respeito, Frente em Defesa do Povo Palestino União Democrática das Entidades Palestinas no Brasil Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro Centro Cultural Árabe-Palestino Brasileiro de Mato Grosso do Sul Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá Comitê Árabe-Palestino do Brasil Sociedade Palestina de Santa Maria Centro Cultural Árabe-Palestino Brasileiro do Rio Grande do Sul Sociedade Palestina de Brasília Sociedade Palestina de Chuí Frente Palestina da USP (Universidade de São Paulo) Sociedade Islâmica de Foz do Iguaçu Sociedade Islâmica do Paraguai Associação Islâmica de São Paulo Coletivo de Mulheres Ana Montenegro Movimento Mulheres em Luta Marcha Mundial das Mulheres PCB – Partido Comunista Brasileiro PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos MDM – Movimento pelo Direito à Moradia / SP MTL – Movimento Terra, Trabalho e Liberdade Fepac – Federação Paulistana das Associações Comunitárias CUT – Central Única dos Trabalhadores CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular-Coordenação Nacional de Lutas Mopat – Movimento Palestina para Tod@s Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Coletivo de Juventude dos Metalúrgicos do ABC Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre SindiCaixa-RS Andes-SN – Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior Sintusp – Sindicato dos Trabalhadores da USP (Universidade de São Paulo) Apropuc – Associação dos Professores da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Sindicato dos Metroviários de São Paulo Federação Nacional dos Metroviários Grupo M19 SOS Racismo, Portugal Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (Portugal) Comitê de Solidariedade com a Palestina, Portugal GAP - Grupo Acção Palestina, Porto, Portugal Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGay Transfobia, Portugal Amyra El Khalili – economista Clovis Pacheco Filho – sociólogo e jornalista Claudio Daniel - poeta Valter Xéu - Jornalista |
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Quem sou? Sou jornalista profissional, ex-editor de Internacional, ex-editorialista de jornal e de rádio e ex-colunista e ex-assessor de imprensa de organizações sindicais e de entidades de classe.
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