Charles Chaplin, entre gambiarras e homenagens
O ícone do cinema mudo e da história da sétima arte, Charles Chaplin (1889-1977) é recordado hoje aqui e no mundo inteiro entre gambiarras e homenagens em ocasião do 35 aniversário de sua morte.
Diretor, produtor, compositor e comediante, Chaplin passou à imortalidade graças a sua personagem de Charlot, um vagabundo que causa tristeza e hilaridade, e que lhe abriu o caminho do sucesso em 1914 com o filme Ganhando-se o pão.
Nesse ano rodou 35 curta-metragens; no entanto, entre os mais destacados encontram-se A quimera do ouro (1925), Luzes da cidade (1931), Tempos modernos (1935) e O grande ditador (1940), nos que sobressai o emprego de técnicas como slapstick, mímica e demais rutinas de comédia visual, as quais resultam um selo distintivo em suas obras.
Em meados da década de 1910 começou a dirigir a maioria de seus filmes, labor à que se uniu em 1916 a de produtor, e dois anos depois a de compositor da música para suas produções.
Considerado um dos grandes gênios do cinema e uma lenda fundamental da cultura do século XX segundo os críticos na matéria, Chaplin cresceu no bairro de Kennington rodeado de atores do Music Hall, do qual seu pai foi um cantor, além de ator do gênero "vodevil".
Aos cinco anos, Chaplin actuou pela primeira vez em teatro, substituindo a sua mãe. Tempo depois transladou-se a Hollywood, depois de receber uma proposta de trabalho de Mack Sennet, quem facilita o início de sua carreira no cinema.
O sucesso chegou-lhe por intermedio do personagem Charlot, que teve seu último aparecimento no filme Tempos modernos. Em 1920 criou a United Artists junto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e David W. Griffith.
Ao longo de sua carreira, Chaplin recebeu múltiplos reconhecimentos, entre eles dois Oscar Honorífico (1928 e 1972) por sua contribuição à sétima arte universal, e o Prêmio Internacional da Paz (1954), outorgado pelo Conselho Mundial reunido em Berlim.
Depois de uma série de problemas políticos que o envolveram com o comunismo e com a realização de atividades anti-estadunidenses, em 1952 deveu exiliar-se em Suíça, onde passou o resto de sua vida.
Justamente aqui abrirá em 2014 um museu para perpetuar a imagem deste símbolo universal do cinema que inovou o conceito do humor, e que desde 1970 também conta com sua estrela no Passeio da Fama de Hollywood.
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