Abert denuncia centenas de casos de ataques a jornalistas desde janeiro de 2014
Cláudia Souza (*)
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) anunciou nesta quinta-feira, dia 9, durante a 44ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), na Cidade do Panamá, o “Relatório sobre Liberdade de Imprensa”, produzido pela entidade.
De acordo com o documento, em 2014 foram registrados 173 casos de violência contra profissionais de imprensa e veículos de comunicação no Brasil.
Os dados incluem assassinatos, agressões, ataques, ameaças, detenções, intimidações, casos de censura e condenações.
O número total se agressões é 27% maior que o registrado no período em 2013, quando foram identificados 136 casos.
Os dados constam do Relatório sobre Liberdade de Imprensa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),apresentado nesta quinta-feira, dia 9, pelo presidente da entidade, Daniel Slaviero, durante a 44ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), na Cidade do Panamá. A base do levantamento envolve o período de outubro de 2013 a outubro de 2014..
Neste período, de acordo com o relatório da Abert, foram registradas 66 agressões contra jornalistas, incluindo as agressões registradas durante as manifestações populares durante a Copa do Mundo, quando foram totalizados 35 casos de violência contra profissionais de imprensa e veículos de comunicação, agressões e intimidações, parte cometidos por manifestantes e policiais militares, na maioria das denúncias.
De acordo com a Abert, após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, o governo reforçou medidas de segurança para jornalistas durante as manifestações nas ruas, mas os equipamentos de proteção individual, como coletes à prova de balas, capacetes e máscaras antigás não foram introduzidas na rotina das equipes de reportagem dos veículos de comunicação.
Também foram registrados no período15 casos de ataques ao patrimônio de veículos de comunicação, incluindo incêndios e depredações de sedes de rádios e de jornais e de automóveis, o que representa cinco casos a mais em relação ao ano de 2013.
— A Abert tem cobrado das autoridades que essas agressões sejam devidamente apuradas e não fiquem impunes. A liberdade de imprensa carece de vigilância permanenente”, analisa Daniel Slaviero.
(*) Com informações da Agência Brasil
(Com a ABI)
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