Cristina Kirchner teme atentado por parte dos EUA
A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, destacou em seu discurso na Casa Rosada que os EUA não poupam esforços por tombar o seu Governo e até poderiam chegar a atentar contra a sua vida.
Cristina Kirchner referiu a existência de um documento publicado pelos EUA em que alertam para que os norte-americanos tenham cuidado ao viajar para a Argentina.
Fez também referência a Kevin Sullivan, um diplomata dos EUA que foi convocado pelo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman.
O governo argentino denunciou uma entrevista que Sullivan deu ao jornal "Clarín", em que dizia que o país deveria acertar a sua dívida.
Em seu discurso, Cristina afirmou que não iria mandá-lo embora porque já sabe quem é o conspirador e, se os EUA o trocam, ela não saberia quem seriam os novos conspiradores.
Ela ainda criticou jornais, rádios e TVs por dizerem que o peso vai ser desvalorizado.
Krchner deteta a colaboração estrangeira com os setores mais reacionários da Argentina para provocar a queda do seu governo. "Se me acontecer algo, após as ameaças recebidas, não olhem para oriente, olhem para o norte", declarou Fernández de Kirchner.
"Após ver as coisas que se estão fazendo desde representações diplomáticas [como advertir sobre a insegurança na Argentina], que não venham contar que o ISIS me está buscando para me matar", declarou a presidenta depois de ter revelado anteriormente que foi ameaçada por membros da organização jihadista devido à amizade que mantém com o papa Francisco e "por reconhecer Israel e o Estado da Palestina".
Além disso, a presidente argentina criticou severamente a decisão do juiz norte-americano Thomas Griesa de declarar em "desacato" a Argentina. "Não me surpreendeu o desacato. Não me surpreenderia que em 20 dias tenha multas econômicas", assegurou em referência às ações que poderia empreender Griesa, quem foi qualificado pela mandatária de "juiz senil".
Cristina Fernández de Kirchner assinalou que o comunicado de Washington no que se fala de uma Argentina insegura "é uma provocação".
"Diz [o Departamento de Estado dos EUA] que estão monitorando tudo de perto e que querem uma Argentina próspera. Se quisessem isso, não teriam jogado o papel jogado em 2001 [crise e default]. E se tanto se preocupam com a Argentina, porque não deixam agora que pague a dívida?", perguntou retoricamente Fernández de Kirchner.(Com o Diário Liberdade)
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