Os idiotas
Antônio de Faria Lopes (*)
A transformação do PT em um partido igual aos outros foi muito rápida. Começou com a conquista de algumas prefeituras de cidades grandes, São Paulo e Belo Horizonte, principalmente, e de uns poucos governos estaduais, até chegar à primeira eleição de Lula. A prioridade passou a ser a manutenção do poder. Os "acertos" com o poder econômico (banqueiros e empreiteiros, principalmente) foram fáceis, questão de porcentagens e de juros. Manter a aprovação popular tornou-se indispensável, via propaganda. Qualquer Duda dá conta disso. É só pagar bem. Se for feito o levantamento real dos gastos com publicidade (os explícitos e os ocultos, através de empresas e autarquias), se verá que "nunca antes neste país" se investiu tanto em propaganda de governo. O "talento" de Lula facilitou o trabalho dos marqueteiros. Mas, e a verdade que o PT defendia? Para quem acha que é aceitável uma parceria com Judas, fica fácil concordar com Pilatos, afinal "o que é a verdade?".
Os movimentos sociais foram sendo cooptados pelas verbas públicas e pelos empregos. Os sindicatos e suas centrais transformaram-se em correias de transmissão do governo - seus dirigentes não se diferenciam dos "pelegos" do Estado Novo. Hoje são diretores de estatais com altíssimos salários, ministros ou assessores com a única função de defender o governo. O número de cargos de confiança cresceu assustadoramente. São facilitadores ou partícipes de esquemas de corrupção, como tem alertado a organização Transparência Brasil. Se somarmos as consultorias, poderemos começar a compreender aonde chegamos e a estratégia de transformar as próximas eleições em plebiscito. De um lado, Lula, Renan, Collor, Sarney, Judas, Pilatos e Maluf representando o bem. De outro, os representantes da "herança maldita". Será que pensam que somos mesmo tão idiotas?
(Publicado em O Tempo em 13/11/2009)
Os movimentos sociais foram sendo cooptados pelas verbas públicas e pelos empregos. Os sindicatos e suas centrais transformaram-se em correias de transmissão do governo - seus dirigentes não se diferenciam dos "pelegos" do Estado Novo. Hoje são diretores de estatais com altíssimos salários, ministros ou assessores com a única função de defender o governo. O número de cargos de confiança cresceu assustadoramente. São facilitadores ou partícipes de esquemas de corrupção, como tem alertado a organização Transparência Brasil. Se somarmos as consultorias, poderemos começar a compreender aonde chegamos e a estratégia de transformar as próximas eleições em plebiscito. De um lado, Lula, Renan, Collor, Sarney, Judas, Pilatos e Maluf representando o bem. De outro, os representantes da "herança maldita". Será que pensam que somos mesmo tão idiotas?
(Publicado em O Tempo em 13/11/2009)
(*) Antônio de Faria Lopes é advgado, foi deputado estadual e é membro suplenhte do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos
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