Sinval Bambirra. Memória imortalizada numa praça da capital

Maria Auxiliadora Bambirra

Ao longo dos 46 anos que vivi ao lado de Sinval Bambirra experimentei momentos inusitados e de relevância, pois ele sempre fez questão de viver intensamente.Jamais cedeu espaço para sequer falar na morte. Acreditava ser eterno.

E hoje, depois de sete anos de ausência física, Sinval é alvo de homenagens da cidade que sempre amou tanto, com a presença honrosa do Sr. Prefeito Marcio Lacerda, autoridades políticas, parentes e amigos.Isto é a prova de que ele tinha razão.

A memória de um combatente social, quando tem seu nome gravado na placa de rua ou numa praça torna-se patrimônio da cidade.

Lembrei-me de como ele ficou feliz por ter concedido uma longa entrevista à professora Lucília de Almeida Neves Delgado. Ela estava desenvolvendo o projeto Memória Viva para a Universidade Federal, com e depoimentos de pessoas que sofreram e foram marcadas pelo golpe militar de 1964.

Sinval Bambirra comentou literalmente assim: "Foi gratificante saber que a minha voz fico9u imortalizada em 14 horas de gravação para a mais importante Universidade de Minas Gerais, a UFMG."

Agora, além da voz, Sinval Bambirra vem para a praça da capital de Minas Gerais e materializa-se através da escultura de um jovem artista mineiro, que soube tão bem imprimir toda a sua expressão de otimismo, de confiança e esperança no futuro do povo  brasileiro.ma família h

E eu que tive o privilégio de formar  uarmoniosa e unida até o fim dos dias de Bambirra, fui premiada de ver ainda o Brasil chegar no futuro, apesar dos embates e pressões naturais das contradições políticas.