Protesto pacífico contra os impactos da Copa em SP é brutalmente reprimido
Comitê Popular da Copa - Pelo menos 5 pessoas ficaram feridas e 28 foram presas durante ato contra a Copa pela garantia da liberdade de manifestação; vídeos demonstram a desproporcionalidade da repressão policial.
Na noite desta quinta-feira (15.05), a Polícia Militar de São Paulo reprimiu com brutalidade o ato pacífico contra os impactos da Copa do Mundo em São Paulo. Organizado pelo Comitê Popular da Copa - SP, a principal reivindicação do protesto era a garantia da liberdade de manifestação antes, durante e depois da Copa.
Por volta das 19 horas, cerca de 7 mil manifestantes seguiam em marcha pela Rua da Consolação, quando, na altura da Rua Matias Aires, foram agredidos por tropas da PM. Os policiais entraram no meio da manifestação atirando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
Por conta dessa ação policial, os manifestantes foram dispersados em diferentes trajetos, mas a repressão seguiu, conforme mostram vídeos. Pelo menos quatro pessoas se feriram, incluindo o Padre Julio Lancelotti, ferido por estilhaços de uma bomba de efeito moral, e ao menos 28 foram presas.
Após a violência inicial e desproporcional da PM, alguns manifestantes reagiram revidando com pedras e depredando propriedades privadas. O ato desta quinta-feira (15.05) integrou o Dia Internacional de Lutas contra a Copa e teve o apoio de mais de 100 grupos, incluindo o MPL-SP (Movimento Passe Livre de São Paulo), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Tetos), a CMP (Central de Movimentos Populares), coletivos estudantis, artísticos e outros movimentos sociais, como as Mães de Maio e a Comissão Nacional dos/as Ambulantes.
Para o Comitê Popular da Copa de SP, a repressão deste protesto é mais uma prova da incapacidade do poder público de lidar com a livre expressão e do recrudescimento da violência estatal contra movimentos sociais e atos publicos. O grupo garante ter construído uma manifestação pacífica e planeja novas ações para as próximas semanas. (Com o Diário Liberdade)
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