Encontro de Palhaços para levar o circo a todos
"As pessoas cada vez vão menos ao circo tradicional. Com estes festivais, estamos a contribuir para que o circo não se perca e para que as pessoas percebam que se há outro palhaço", explica Javier Gonzalez, que com Charo Amaya partilhou o palco, na sexta-feira, na abertura do 2.º Encontro Internacional de Palhaços de Vila do Conde, a decorrer na cidade até domingo.
Num espetáculo que mistura o circo, o teatro, a música e a dança, a dupla espanhola arrancou gargalhadas e muitas palmas às centenas de crianças de escolas e jardins-de-infância do concelho, que, sentadas na plateia, foram ao Teatro Municipal ver... circo.
"É muito importante que o circo e o teatro cheguem às pessoas", diz Charo, elogiando a ideia da Nuvem Voadora - Associação Cultural de promover o festival.
Dar a conhecer o "novo palhaço", "o palhaço-artista mais profissional, que cruza o circo, a música, o teatro e a dança e já não se esgota no circo tradicional e nas festas de criança" continua, diz Pedro Correia, a ser o objetivo do Encontro. Chegar aos mais pequenos e "dar-lhes cultura, desde cedo" é uma das premissas. As escolas disseram presente.
Para quem por ali passa, é também uma oportunidade de ver outros trabalhos, outras linguagens, vindas de outras culturas. Ana Piu é portuguesa e, depois de nove anos a trabalho na operação Nariz Vermelho, está, há quatro anos, a viver e a dar aulas de teatro-circo no Brasil. Veio dar um workshop durante o Encontro e apresentar o seu mais recente espetáculo.
Também lá, explica, se vive a luta por uma profissão com mais apoios, que possa ser reconhecida como arte. E, por isso, Encontros como o de Vila do Conde são também uma oportunidade para trocar experiências.
E porque o palhaço também é solidariedade, a Gala de ontem à noite, reuniu todos os artistas e reverteu para a corporação de bombeiros de Vila do Conde. (Com o Jornal de Notícias)
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