Jornalistas do "Jornal de Brasília" mantêm greve pela regularização dos salários em atraso
Os jornalistas em greve do Jornal de Brasília decidiram manter o movimento em assembleia realizada hoje. A decisão de paralisação foi tomada em assembleia realizada na última sexta-feira em razão no atraso dos salários do mês corrente, que deveriam ter sido depositados até o 5º dia útil do mês. Uma nova sessão da assembleia (que fica aberta) foi agendada para amanhã de tarde.
A direção da empresa informou que está buscando formas de garantir o pagamento, como por meio da celebração de empréstimos. Ela justificou o atraso pela queda de arrecadação.
Segundo os gestores do veículo, a expectativa é que o problema possa ser resolvido ainda nesta semana, mas não há garantias de que o repasse será realizado nos próximos dias.
A posição foi apresentada a diretores do Sindicato dos Jornalistas que se reuniram com a direção antes da assembleia e depois aos próprios jornalistas paralisados.
O quadro será novamente avaliado na assembleia marcada para a tarde de amanhã. O SJPDF seguirá participando do movimento e fazendo a interlocução, mas cobrou da direção do JBr que mantenhan o canal direto com os trabalhadores.
Horas-extras
Além da exigência do pagamento imediato dos salários, os trabalhadores formularam uma pauta de reivindicações com outros pontos, como transparência na comunicação entre a direção da empresa e os funcionários, cumprimento das obrigações para estagiários, pagamento adequado de horas-extras e feriados e garantia dos prazos legais relativos a salários e a direitos nos próximos meses.
A categoria ainda reclama do atraso de pagamento dos jornalistas que são contratados como “pessoa juridíca”, o que é uma fraude no contrato de trabalho. Até os estagiários enfrentam o mesmo problema.
“Infelizmente, o atraso nos salários não é uma realidade isolada ou pontual. E os jornalistas têm direito de cobrar a empresa para que isso não se repita. A greve é um instrumento legítimo de pressão. Receber salário em dia é direito de todo trabalhador dever de todo empregador.
Além disso, a empresa até o momento vinha tratando a questão sem diálogo com os jornalistas e sem transparência”, destaca a coordenadora-geral Renata Maffezoli.
(Com a FENAJ)
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