Quem achou que filmes de moradores de rua não teriam espaço aqui enganou-se. Carlos Lúcio Gontijo, escritor e jornalista, já decretou há 10 anos: "Este é um espaço democrático".
Filmes foram produzidos por jovens moradores de rua
e ganham espaço na Faixa de Cinema da Rede Minas
Um grupo de adolescentes que vive nas ruas de um grande centro urbano. O retrato dessa realidade é mostrado por eles mesmos em “Filme de rua”. Na produção, assumem da câmera à edição. O resultado é um universo que se apresenta à população rotineiramente, mas ainda ignorado pela maioria das pessoas.
O trabalho, idealizado pelo coletivo que leva o mesmo nome, passou por festivais no país e alcançou a premiação do 19º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Belo Horizonte. Pela primeira vez, o documentário é exibido na televisão, na Faixa de Cinema da Rede Minas, na próxima sexta (23).
Ainda na Faixa de Cinema, o público confere outros três curtas metragens, também produzidos pelo coletivo. O espaço onde os jovens se abrigam na cidade é mostrado em “Maloca”. “Chuá de Maloqueiro” apresenta o obstáculo diário em tarefas comuns. Já a experiência de ver de perto as ondas em uma praia é narrada em “Ver o mar”.
O coletivo “Filme de rua” foi criado em 2010 por profissionais de diversas áreas e adolescentes que viviam nas ruas. Através de oficinas, eles foram treinados a escrever o roteiro de suas vidas e mostrá-lo através das lentes das câmeras.
A Rede Minas ainda traz, antes da exibição dos filmes, um bate-papo do jornalista Rodrigo Castro com a artista Zi Reis, integrante do coletivo “Filme de Rua”, e com Dayse de Jesus, que vivia nas ruas e participou do projeto. O quadro, batizado de “Conversa com os diretores”, tem cerca de cinco minutos de duração. Uma oportunidade do público conferir os bastidores daquilo que vê na tela da Rede Minas.
A Faixa de Cinema, da Rede Minas, é exibida todas as sextas, às 23h45.
SERVIÇO:
Faixa de Cinema – dia 23/08, às 23h45
Conversa com os diretores – Rodrigo Castro com Zi Reis e Dayse de Jesus
Exibição documentários: “Filme de rua”, “Maloca”, “Chuá do maloqueiro” e “Ver o mar”
Classificação indicativa: 14 anos
(Com Tatiana Coutinho/Rede Minas)
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