CEM ANOS DE GIOCONDO DIAS, O CABO VERMELHO
Milton Pinheiro e Ricardo Costa (Comitê Central do PCB)
Giocondo Gerbasi Alves Dias nasceu na cidade de Salvador, em 18 de novembro de 1913, no centro histórico dessa cidade. Em virtude do falecimento do seu pai, Antonio Alves Dias, o menino Giocondo passou a trabalhar cedo para ajudar sua mãe, Ana Maria Frederico Gerbasi, e seus quatro irmãos (Maria das Dores, Gilberto, Gerson e Antonio). A infância muito atribulada não permitiu que ele sequer terminasse o curso primário, embora tenha se matriculado várias vezes. Não restava muito para um jovem pobre e lutador, naquele período, a não ser ingressar no exército para garantir a continuidade do sustento da família. Porém, antes disso, ele conheceu as ideias que movimentariam a sua vida e pelas quais lutaria até o fim de seus dias.
O convívio com o tio Federico Gerbasi, sapateiro e anarquista, lhe possibilitou o primeiro contato com as ideias revolucionárias. Depois, o poeta Alberto Campos, que se candidatara a deputado federal pelo BOC (Bloco Operário e Camponês) no final dos anos 1920 e tinha ido trabalhar em Salvador como datilógrafo em uma firma de comércio, apresentou-lhe ao Partido Comunista. Aos poucos, Giocondo passava a participar das reuniões e comícios pouco concorridos dos comunistas, identificando de imediato aquela luta com a defesa dos pobres e necessitados.
Em 1932, Giocondo Dias entrou oficialmente para o exército, alistando-se, em Recife, no 21º Batalhão de Caçadores, que, no ano anterior, havia se levantado contra o usineiro e governador de Pernambuco Lima Cavalcante, razão pela qual quase foi dissolvido. Ao entrar no quartel, Giocondo encontrou nas paredes muitas pichações com as frases “Viva o Comunismo”, “Viva Luiz Carlos Prestes”.
Quando explodiu o movimento de descontentamento da burguesia paulista com o Governo Getúlio Vargas, que ficou conhecido na história oficial como a “Revolução Constitucionalista de 1932”, o 21º BC foi deslocado para Uberaba, como reforço na luta contra a empreitada paulista. Terminada a contenda, o Batalhão foi enviado para a fronteira do Peru com a Bolívia, onde quase foi liquidado por causa das doenças tropicais. A ingerência política do governador Lima Cavalcanti não permitiu, então, o retorno do Batalhão à sua terra, e a saída foi fazer uma troca: o 29º BC de Natal foi para Pernambuco, e o 21º BC para o Rio Grande do Norte.
Giocondo Dias, por bravura e heroísmo na luta contra as tropas paulistas, tinha sido promovido a cabo e, agora em Natal, via sua liderança avançar dentro do quartel. Em 1934, aos 21 anos, casava-se com Lourdes Tavares, estudante secundarista de 18 anos, e mantinha contato com o PCB, embora sua entrada no Partido, para muitas fontes historiográficas, só tenha ocorrido em agosto de 1935, quando passou a militar na mesma célula do sapateiro Praxedes e de outros camaradas no bairro Petrópolis, em Natal.
O ano de 1934 foi marcado por muitas agitações políticas e pela grande insatisfação popular nos centros urbanos, que provocou a eclosão de inúmeras greves e a paralisação de mais de 1,5 milhão de trabalhadores pelo Brasil a fora. Em 30 de março de 1935 surgia a ANL (Aliança Nacional Libertadora), com um programa antifascista e anti-imperialista, tendo forte presença nos quartéis e grande capacidade mobilizadora, sob influência do PCB e da liderança de Prestes. A ANL chegou a agrupar, em trezentas cidades e 17 Estados, algo mais que um milhão de pessoas, mas deparou-se com a reação do governo Vargas e dos seus aparatos repressivos, sendo fechada pelo governo em 12 de julho de 1935.
Os comunistas reagiram à onda repressiva com avaliações voluntaristas e dogmáticas. Foi lançada a palavra de ordem “Todo poder à Aliança Nacional Libertadora”, mas a movimentação ficou restrita ao aparato militar do PCB e, segundo muitos historiadores, grande parte dos Comitês Regionais não tinham conhecimento dos planos do Partido e da Internacional Comunista, que deslocara Prestes (até então na União Soviética) e a revolucionária alemã Olga Benário para organizarem a insurreição comunista no Brasil. A partir de uma inflexão da base militar do PCB, articulada com poucos membros da cúpula do Partido, foi desencadeado o movimento insurrecional de 1935, o chamado Levante Comunista.
O movimento revolucionário começou em Natal, no Rio Grande do Norte, na noite do dia 23 de novembro, quando o 21º BC se sublevou, tomando a cidade e o batalhão da polícia, depois de uma luta feroz que durou 19 horas. Os revolucionários conquistaram o apoio da população e formaram o Comitê Popular Revolucionário (CPR). O Cabo Dias, líder do levante, participou da indicação dos membros do governo provisório que foi composto por operários e soldados, todos militantes comunistas.
Era o primeiro Governo Popular da República brasileira, que ficou quatro dias no poder e que pode ser considerado o terceiro regime de inspiração soviética instalado no mundo depois da Revolução Bolchevique de 1917, após as experiências na Hungria, em 1918, e nas Astúrias, Espanha, em 1934.
Todavia, a Revolução no país não aconteceu, mesmo com os levantes em Recife e no Rio de Janeiro. Somente em Natal houve grande participação popular, que se espraiou pelo interior. Mas a correlação de forças era completamente desfavorável, e o fim do levante era iminente. O Cabo Dias tentava conter os impulsos dos que, naquele momento, desejavam fuzilar os membros do governo deposto e seus oficiais. Numa dessas discussões, recebeu três tiros e teve que ser socorrido e levado rapidamente para o hospital. Mas, antes, impediu que o atirador fosse fuzilado por seus camaradas.
Com a derrota anunciada, o Cabo Dias conseguiu se esconder numa fazenda no interior do Estado, onde foi covardemente ferido, levando 13 facadas e ficando à beira da morte jogado numa estrada vicinal. Foi salvo por Dona Alzira Floriano, que, embora pertencendo à classe dominante, tinha uma admiração pela integridade moral e política de Giocondo. O líder revolucionário se recuperou e ficou preso em Natal, quando sofreu uma nova tentativa de assassinato. Ficou na cadeia por mais de um ano, sendo solto em 1937. Mesmo libertado, foi obrigado a viver em rigorosa clandestinidade até meados de 1945.
Dias se transformou num importante dirigente do CR da Bahia, instância que era reconhecidamente a mais importante do Partido no Brasil, naquele momento. O CR da Bahia lançou a revista Seiva e foi procurado pelo Birô da Internacional Comunista na América do Sul, que reconhecia o trabalho realizado no Estado.
Nos anos 1940, um contingente expressivo de comunistas se encontrava na Bahia: Carlos Marighella, Armênio Guedes, Moisés Vinhas, Giocondo Dias, Aristeu Nogueira, Milton Caires de Brito, Arruda Câmara, Leôncio Basbaum, Alberto Passos Guimarães, Jacob Gorender, Maurício Grabois, Praxedes, Fernando Santana, Osvaldo Peralva, Boris Tabakoff e Jorge Amado, Mário Alves, Ana Montenegro e tantos outros. Era um conjunto extraordinário de militantes, intelectuais e dirigentes que marcou a história do PCB e do Brasil de forma indelével.
Durante o período de clandestinidade, Giocondo Dias foi condenado à revelia pelo Tribunal de Segurança Nacional (TSN) a 6 anos e 6 meses de prisão e passou por uma cirurgia para retirar as balas que o atingiram no levante de 1935. Nesse período, nasceram os filhos Gilberto (1938), Antonio Eduardo (1940) e Eduardo Luís (1942). Depois, ainda teria mais duas filhas com D. Lourdes.
O PCB se reorganizava nacionalmente através da conhecida “Conferência da Mantiqueira”. O Estado Novo desmoronava, e o povo tomava as ruas. No dia 18 de abril de 1945, na condição de Secretário-Político do PCB na Bahia e ao lado de Mário Alves, Carlos Marighella, Fernando Santana e João Falcão, Giocondo Dias falou para as massas da sacada de um prédio na praça municipal, no centro de Salvador. Era o líder revolucionário falando para os trabalhadores da sua terra, comemorando a derrocada da ditadura estadonovista.
Em junho de 1946, na III Conferência Política do PCB, realizada no Rio de Janeiro, Giocondo Dias foi eleito para o Comitê Central. Nesse encontro, a vida do Cabo Vermelho ficou sendo conhecida nacionalmente dentro do Partido, e ele passou a gozar de uma grande admiração diante da descoberta de seus feitos em 1935. O PCB encontrava-se num momento de grande visibilidade pública: atraiu dezenas de milhares de filiados, interviu abertamente no movimento de massas e, no processo eleitoral do ano anterior, obteve 10% dos votos para seu candidato à presidência, o engenheiro Yedo Fiúza, elegeu Prestes Senador e 14 deputados federais.
Em janeiro de 1947, ocorreram as eleições para deputados estaduais e governador, e, na Bahia, o PCB lançou chapa liderada por Giocondo Dias, contando com a presença de Ana Montenegro, Mário Alves, Jaime Maciel, dentre outros. Conseguiu eleger dois deputados: Giocondo Dias e Jaime Maciel, os quais tiveram participação decisiva nos debates da Constituinte na Assembleia Legislativa baiana, levando para este espaço político as propostas dos trabalhadores.
Com a Guerra Fria no contexto internacional e o alinhamento do Governo Dutra às posições reacionárias do imperialismo, vieram os processos de cassação do PCB e de extinção dos mandatos de parlamentares comunistas nas mais diversas instâncias legislativas. No dia 14 de janeiro de 1948, Giocondo Dias pronunciava seu último discurso na Assembleia Legislativa da Bahia, dizendo que chegará um tempo onde “não haverá mais lugar para ditaduras terroristas como a que ora infelicita a nação, ditadura que nosso povo repudia e saberá substituir por um governo de sua confiança, um governo popular.” E concluiu dando vivas a Luiz Carlos Prestes.
Após escapar novamente da morte quando a repressão se abateu violentamente sobre um comício convocado pelo Partido em Salvador, Giocondo, já de volta à clandestinidade no Rio de Janeiro, foi designado para ser um dos responsáveis pela segurança de Prestes, em abril de 1948. O PCB introjetava-se na mais profunda clandestinidade, e a inflexão na conjuntura levou à aprovação do Manifesto de Agosto de 1950. O Partido voltava a pregar a tomada do poder pelas armas, propondo organizar a FDLN (Frente Democrática de Libertação Nacional), porém, sem conseguir atrair amplas camadas de trabalhadores para o projeto insurrecional.
Em 1956, a divulgação do relatório do XX Congresso do PCUS provocaria uma grande crise no âmbito dos partidos comunistas em todo o mundo. No Brasil, os debates resultantes dessa crise levaram o PCB a uma guinada radical na sua linha política. O Comitê Central indicou Giocondo Dias para coordenar a comissão responsável pela elaboração de um texto político voltado a enfrentar as “demandas do tempo presente”, comissão esta composta por Alberto Passos Guimarães, Mário Alves, Dinarco Reis, Armênio Guedes, Jacob Gorender e Orestes Timbaúba. Em março de 1958, a chamada Declaração foi apresentada ao CC, contando com o apoio de Prestes, que entendia ser esta a mediação possível no sentido de manter a unidade do Partido.
Se, por um lado, a Declaração de Março permitiu a reinserção do PCB na luta de massas, por outro constituiu um instrumento a serviço de uma política reboquista frente ao governo João Goulart e ao processo político em curso, permitindo vacilações frente à conjuntura de radicalização da luta de classes no país. As massas populares estavam nas ruas, os trabalhadores em greves, as reformas de base em discussão, mas o PCB claudicava na ação, dividido entre a reforma e a revolução. Giocondo era o segundo dirigente na estrutura partidária, na condição de Secretário de Organização. No seu entendimento, o Partido não tinha forças para colocar a questão do poder na pauta da luta.
Por sua vez, os setores mais dinâmicos da burguesia brasileira, associados ao capital internacional e ao imperialismo, não vacilaram e articularam o golpe militar que estancaria, em 1º de abril de 1964, o movimento de reformas e de ampla participação popular em curso. Mais uma vez, assim como todo o Partido, Dias encarava a clandestinidade.
Internamente o PCB vivia em ebulição, em decorrência dos posicionamentos críticos à linha política que teria levado à derrota em 1964. Com o Secretário-Geral isolado dos debates, blindado na clandestinidade, operavam no campo da luta política dois grupos: um liderado por Dias, que era composto por Geraldo Rodrigues, Jaime Miranda, Orlando Bonfim e Dinarco Reis, tendo o acompanhamento intelectual de Alberto Passos Guimarães; outro, formado por Carlos Marighella, Mário Alves e Jover Telles, que polemizavam contra a linha reformista. Em meio a tais divergências, foi convocado o VI Congresso, que veio a ocorrer em dezembro de 1967, em São Paulo.
No decorrer desse processo, centenas de militantes saíram do PCB e organizaram agrupamentos políticos, cujo eixo central da atuação seria a luta armada contra a ditadura civil-militar. Sem a concorrência das dissidências internas, o VI Congresso formulou a política de frente com o chamamento à participação de amplas camadas populares. Giocondo Dias operava na clandestinidade, enquanto um terço do CC estava no exílio, e Prestes já havia saído do país, exilado em Moscou.
Houve o recrudescimento da repressão, e o PCB também foi duramente atingido: quadros dirigentes e líderes de frentes de massa do Partido foram presos, torturados e assassinados na década de 1970. Com o cerco da repressão se fechando ainda mais, o CC no exílio, notando que Giocondo corria risco de vida, designou o baiano José Salles para organizar uma operação que o tirasse do Brasil. Dias se estabeleceu primeiro em Moscou e depois em Paris, onde passou a trabalhar em conjunto com outros dirigentes comunistas em um escritório cedido pela CGT. Era um trabalho de articulação política junto aos exilados da Frente contra a ditadura brasileira. Nesse período morreu sua companheira de toda a vida, a camarada Lourdes.
Com a direção do partido quase toda no exílio, novas polêmicas se apresentaram no debate interno, colocando, em lados opostos, Prestes e a maioria do CC. Mesmo sem demonstrar querer o combate, Giocondo assumiu a liderança da maioria contra Prestes. No Brasil, a política econômica da ditadura fracassava, as lutas de massas retornavam e se organizavam amplos movimentos contra a carestia, pela anistia e por eleições gerais.
Giocondo retornou ao país em outubro de 1979. Casou-se novamente, com Maria Cândida, ao mesmo tempo em que enfrentava a cisão interna do PCB. Após algumas tentativas de resolução do longo impasse, o legendário Secretário-Geral divulgava a “Carta aos Comunistas” e afastava-se da direção, deixando um vácuo de poder. Em maio de 1980, bastante desfalcado em virtude das mortes e dos desaparecimentos, o CC reuniu-se e elegeu Giocondo Dias para a Secretaria-Geral do Partido.
Nos anos 1980, o PCB aprofundou a linha política reformista, colocando-se na prática como um operador político subalterno à agenda que interessava à democracia burguesa, perdendo a hegemonia no interior do movimento sindical e popular para outras forças de esquerda. Na condição de Secretário-Geral, Dias viajou para Moscou, esteve em vários países da Europa, em Cuba, na China, participando de reuniões com as lideranças comunistas. No Brasil, participou das articulações que efetivaram a transição pelo alto. O dirigente Dias, diferentemente do Cabo Vermelho, era o general da tática, operando as resoluções partidárias no sentido da mediação da democracia, que postergavam para um horizonte distante a estratégia da Revolução Socialista.
Consolidando essa política, realizou-se o VII Congresso em dezembro de 1982, em São Paulo, que foi invadido pela polícia. Vários dirigentes foram presos, dentre eles Giocondo Dias, que seria mais uma vez detido, quando retornava de uma viagem a Moscou, em 1985. Mas um novo inimigo se apresentou em seguida: Dias descobriu que tinha um tumor no cérebro, foi tratado em Moscou, onde fez uma cirurgia em janeiro de 1987. Retornando ao Brasil, faleceu no dia 07 de setembro deste mesmo ano. Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Por lá passaram autoridades políticas, velhos e novos camaradas, intelectuais e trabalhadores.
Morria um herói das lutas populares no Brasil, o Cabo Vermelho, que nos legou um patrimônio de 52 anos de militância no Partido Comunista Brasileiro. Sobre ele disse Jorge Amado, no livro Bahia de Todos os Santos:
“Onde andará, não sei. Qual o caminho que o leva adiante, que rua atravessa com passo firme, em que cidade vive e trabalha, em que país de seu obscuro universo subterrâneo? Não sei se está magro ou gordo, se o cabelo loiro tornou-se grisalho, se o sorriso fez-se mais tímido, se as cicatrizes das balas e das punhaladas ainda o incomodam, mas imagino como deve se sentir sozinho desde que Lourdes morreu longe da pátria. Não sei sequer o nome pelo qual atende, sempre cortês e paciente, capaz de ouvir e aprender quem tanto tem a dizer e a ensinar. De seus nomes, um, quem sabe o primeiro, lhe foi dado pela mãe e é usado pelos mais próximos, seus irmãos, seus filhos, alguns poucos amigos de data antiga e maior intimidade – Nenen, lhe dizemos com acentos de admiração e profundo afeto, em vez de amor.
Durante um tempo, vai longe, quando se decidiam os destinos da humanidade, cruzamos juntos, num vai-e-vem constante, as ruas da cidade da Bahia e realizamos uma saga inesquecível. Nossa luta era a da liberdade contra a escravidão nazista, nosso sonho o mundo farto, nossa bandeira a da fraternidade, ou seja, da anistia. Num dos meus romances, no Tenda dos Milagres, eu o coloquei numa tribuna de comício durante a guerra, falando em nome dos trabalhadores – em muitas tribunas ergueu a voz – na praça, no sindicato, na Câmara de Deputados, nas reuniões abertas e fechadas, mas ergue a voz apenas o necessário para argumentar e convencer, jamais para impor e violentar a opinião alheia. Nasceu para a convivência e por isso mesmo em nenhum momento suportou o dogma nem se curvou aos ídolos. Manteve-se íntegro, nem mesmo o mando o corrompeu por jamais ter desejado o poder, querendo apenas servir. Tão decente quanto ele certamente existem outros; mais decente e leal, impossível.
Baiano com as virtudes todas; o riso fácil, a discrição inata e a capacidade de sonhar com a aurora. Nunca será amargo quem luta por seu país e seu povo com ambição de concorrer na medida de suas forças para o bem comum. De quando em vez leio jornais que o procuram, com ódio mortal, policiais e inimigos da paz e da liberdade. Onde andará Giocondo Dias, dito Nenen por sua mãe? Não sei, mas vos afirmo que, esteja onde estiver, estará trabalhando para que o amanhã dos brasileiros seja mais belo.
Baiano com régua e compasso e uma luz no coração.”
(Eu tive a honra de conhecer o Cabo Dias, já em 1986, quando fui candidato a deputado estadual pelo PCB. No ano seguinte: eu, o João de Deus Rocha e mais uns dois companheiros saímos de BH para seu enterro, no Rio de Janeiro. Mas nos perdemos à entrada do Rio de Janeiro e chegamos com atrasados ao último adeus ao Cabo Vermelho. Lamentável. Mas ficou a nossa saudade. José Carlos Alexandre)
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