Dia 13 de março, novo ato em São Paulo contra a Copa do Mundo


                                             
                                                              Imagem:PSTU

Brasil - Diário Liberdade - O 2º ato contra a Copa do Mundo no Brasil, ocorrido no último sábado (22/02) na cidade de São Paulo, não chegou ao fim.

O 2º ato, também chamado de "Se não tiver direitos não vai ter copa - educação", teve início na Praça da República, centro da cidade, e foi atacado logo no meio da manifestação. De forma gratuita, a tropa de choque da Polícia Militar do estado de São Paulo partiu para cima dos manifestantes, transformando o centro da cidade numa grande praça de guerra.

O GAPP - Grupo de Apoio ao Protesto Popular fez um resumo sobre o ato:

Intimidação aos manifestantes nos dias que antecederam o protesto

Durante a semana, pessoas aleatórias que confirmaram presença na manifestação pelo Facebook foram intimadas pela Secretaria de Segurança Pública a depor numa tentativa de esvaziar o ato.

Provocação policial

Quando os manifestantes chegaram ao local do protesto, três mil policiais já estavam no local, sendo que os melhores números indica que a manifestação tinha as mesmas três mil pessoas. A polícia disse que era "apenas" mil.

Manifestação pacífica

A manifestação ocorria de forma tranquila e pacífica e não havia absolutamente nenhum evento para justificar a repressão violenta da polícia. Até o ataque, palavras de ordem não haviam sido direcionadas à polícia e nenhuma vidraça tinha sido depredada. Apenas pessoas cantando e marchando pacificamente.

Ataque brutal da polícia

Mesmo assim, a polícia encurralou parte dos manifestantes, impedindo sua circulação, a captação de imagens ou simplesmente que os demais manifestantes pudessem ver o que ocorria no centro da emboscada.

Os manifestantes que ficaram fora do círculo da polícia também foram perseguidos pelas ruas da cidade (veja no vídeo). Agressões físicas duraram toda a noite: fosse a caminho do Teatro Municipal, no Vale do Anhangabaú, na Praça da República ou na frente dos Distritos de Polícia (DPs), onde os manifestantes estavam sendo levados.

Após serem detidos, os manifestantes foram divididos, levados para diversos Distritos Policiais e movidos de um distrito para o outro, dificultando, assim, tanto a localização dos cidadãos (que, lembrando, não haviam recebido nenhuma acusação formal) como a atuação dos advogados populares.

262 pessoas detidas

Segundo último informe da conta do twitter da Polícia Militar de São Paulo (@PMESP), foram detidas 262 pessoas para "averiguação". Isto é, de forma ilegal e inconstitucional.

Ativistas denuncia tática "Hamburger Kessel" usada pela polícia

Conhecida como "Caldeira de Hamburgo" (Hamburger Kessel), a tática consiste em cercar os manifestantes por quanto tempo for necessário até que possam levá-los detidos. Durante o cerco, os manifestantes são impedidos de comer, beber ou ir ao banheiro.

A primeira utilização da "Caldeira de Hamburgo" foi em 1986 e levou 13 horas para a polícia deter os manifestantes que protestavam contra a energia nuclear em Hamburgo (Alemanha).

Proibida naquele país, foi responsável pela punição de quatro policiais por crime de privação de liberdade.

Novo ato

O 3º ato contra a Copa: "Se não tiver direitos não vai ter copa - transporte", na cidade de São Paulo, já foi convocado para o dia 13 de março.(Com o Diário Liberdade)

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