Repórter da Midia Ninja libertada
NINJA Karinny Magalhães (foto)
Detidos na tarde de ontem em Belo Horizonte, os três réus participavam de manifestação com cerca de 3 mil pessoas, entre movimentos sociais, sindicalistas.
Karinny é uma repórter NINJA e participava do protesto transmitindo ao vivo a manifestação de quinta-feira. Foi abordada pela Polícia Militar e mantida por mais de uma hora no interior de uma viatura. Conduzida em sigilo para um quartel, foi espancada por cinco policiais até perder a consciência.
Em seguida foi levada até a 6ª Delegacia Regional de Policia Civil – Noroeste, onde passou a noite, prestou depoimento e realizou o exame de corpo delito. No início da manhã Karinny foi levada para a penitenciária CERESP, onde passou todo o dia na sela com mais seis presidiárias.
Karinny é ré primária e foi enquadrada no artigo 163, acusada de depredação de patrimônio público/privado e aliciamento de menores. Minutos antes de ser abordada pelos policiais, acompanhava um grupo de black blocs que atacaram uma agência do Itaú e um carro da Polícia Civil, estacionado na porta do Dentran. Tais ações foram os objetos de denúncia que levaram às detenções.
É preciso dar nome aos bois. A ação da Polícia Militar de Aécio Neves em Minas Gerais, assim como a da Polícia de SP de Geraldo Alckimin, é intencionalmente desmedida para suprimir e sufocar as ruas brasileiras. A política da censura e da intimidação é também a certeza de criminalização dos movimentos sociais e da instauração de uma caça às bruxas a tudo que se opõe ao projeto de poder das velhar oligarquias brasileiras.
Não é de hoje que manifestantes e representantes da mídia independente tem a sua liberdade suprimida. Só em 2013 cerca de 177 jornalistas e midiativistas foram atingidos durante as manifestações. A tentativa de mostrar a realidade das ruas é vista pelos policiais como uma afronta a sua impunidade e abuso permanente de poder.
A prisão de Karinny mobilizou todo o Brasil. Defensores dos direitos humanos, advogados, parlamentares, ativistas, a anistia internacional e redes globais de ativismo prestaram solidariedade e se organizaram para denunciar as arbitrariedades do caso e impedir a continuidade de mais um absurdo cometido pela justiça do Estado Mineiro. (Com o Diário Liberdade)
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