"Intervenção na Síria é uma catástrofe", diz Lavrov
"Não entendo essa posição", disse Lavrov sobre comportamento norte-americano . RIA Nóvosti/Divulgação)
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguêi Lavrov, declarou em entrevista à Sky News Arabia que a Rússia se surpreendeu com o desejo dos EUA de resolver a crise na Síria ignorando a Organização da Nações Unidas. Lavrov negou que Moscou apoie Bashar Assad e destacou que a decisão sobre a renúncia do presidente sírio pode ser tomada apenas pelos cidadãos do país.
Após reunião em Genebra entre os representantes dos cinco países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas) e outros que fazem fronteira com a Síria, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Patrick Ventrell, disse que a ausência de uma resolução pela organização não impededirá as ações dos Estados Unidos.
"A Rússia e a China bloquearam três vezes a resolução da ONU sobre a Síria. Tentamos convencê-los a mudar sua posição, mas não conseguimos”, disse Ventrell em junho passado. “Temos que continuar o trabalho sob a égide das Nações Unidas, mas também temos uma estratégia mais ampla que deve ser respeitada. Não pretendemos parar de fazer o nosso trabalho só porque não há uma resolução", completou Ventrell.
"Os Estados Unidos manifestaram sua intenção de intervir ignorando o Conselho de Segurança da ONU", rebateu o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguêi Lavrov, durante entrevista à Sky News.
O ministro afirmou que a decisão sobre a renúncia de Bashar só pode ser tomada pelos sírios.
"Acredito que as afirmações de Washington e outras capitais de que a declaração de Genebra é letra morta são completamente irresponsáveis. Esse documento representa o consenso mais importante alcançado em cooperação com os países ocidentais, a Rússia, a China, a Turquia e os principais países árabes", completou o ministro russo.
Lavrov acrescentou que na Síria existe uma mistura étnica e religiosa extremamente complexa. "As minorias que se reuniram em torno de Assad esperando ajuda na proteção de seus direitos, também fazem parte do povo sírio", disse.
Durante a entrevista à Sky News, Lavrov também negou rumores de que a Rússia tivesse assinado novos contratos com o governo da Síria para fornecimento de equipamento militar. "Já declaramos várias vezes que não temos intenção de assinar novos acordos", completou Lavrov.
Anteriormente, o assistente do secretário de Estado dos EUA para assuntos europeus e eurasiáticos, Philip Gordon, havia criticado a Rússia as vendas de armas para a Síria.(Com Irã News)
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