Movimentos sociais encerram Seminário propondo mobilização mundial em defesa dos palestinos, apoio ao FSM Palestina Livre e exigindo criação de Comissão Internacional da Memória,Verdade e Justiça


                                            

Com uma grande representatividade pela presença de vários dirigentes de organizações populares e movimentos sociais do Brasil,encerrou-se nesta sexta, 16, o Seminário Nacional sobre a Questão Palestina,que teve como tema – Pelo fim da ocupação e uma Palestina Livre.

O Seminário teve uma pauta onde foi aberto com exposição do jornalista Beto Almeida,Diretor da TELESUR \ Brasil, sobre a importância da luta e da solidariedade para com o povo palestino. Em seguida representando a UNIPOP, uma das entidades promotora do Seminário a professora Maria Valéria mostrou a histórica luta do povo palestino e o papel dos movimentos sociais nesta luta.

Representando o embaixador da Palestina falou o consul da Embaixada, Salah Elqataa, que relembrou toda a perseguição feita ao povo palestino e historiou suas lutas. Já o embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh defendeu a união da comunidade internacional em defesa do povo palestino e mostrou a solidariedade iraniana à sua luta.

O professor Fábio Duval, da Universidade Católica de Brasília, proferiu palestra sobre a Questão Palestina no Direito Internacional. O jornalista José Reinaldo Carvalho, do Portal Vermelho,falou sobre a Questão Palestina na Mídia e o controle sionista da Comunicação.

A professora da UFRJ, Beatriz Bissio internacionalmente conhecida por sua atuação nos Cadernos do Terceiro Mundo, além de depoimentos e protagonista em momentos de grandes reportagens sobre a Causa Palestina, proferiu palestra sobre a Geopolítica do Oriente Médio.

O Seminário foi coordenado pelo ativista dos Direitos Humanos e militante em defesa da Paz Mundial, advogado Acilino Ribeiro, coordenador Nacional do MDD,Movimentos Democracia Direta e membro da Direção da UNIPOP – Universidade de Políticas do Movimento Popular.

Ao final, mais de vinte entidades e organizações dos movimentos sociais e partidos políticos manifestaram seu apoio a Causa Palestina e aprovaram uma Declaração Final que entre outros pontos destacam-se os seguintes: 

1) o fim imediato da ocupaçãomilitar e colonização das terras árabes, e a derrubada do muro do apartheid,que vem sendo construído na Cisjordânia desde 2002, dividindo terras, famíliase impedindo os palestinos do direito de ir e vir; 

2) o reconhecimento dos direitosdos cidadãos palestinos à autodeterminação, à soberania e à igualdade; 

3) orespeito, proteção e promoção do direito de retorno dos refugiados palestinosàs suas terras e propriedades, das quais vêm sendo expulsos desde 1948, quandofoi criado unilateralmente o Estado de Israel, até os dias atuais.

Mais adiante, na Declaração Final os movimentos sociais sugerem ao governo brasileiro dentre outros pontos: 

a) romper unilateralmente com o Tratado de Livre Comércio Israel-Mercosul; 

b) retire imediatamente o posto deAdido das Forças Armadas Brasileiras em Israel; 

c) cancele todos os contratos das Forças Armadas com empresas israelenses; 

d) exclua as empresasisraelenses de participar de quaisquer concorrências públicas até o fim das hostilidades contra o povo palestino;

e)vete a instalação de empresas israelenses em território nacional ou mesmo a aquisição de empresas nacionais por capitais israelenses; 

f) exclua as empresas israelenses de contratos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. 

g) Proíba todot ipo de cooperação e\ou ação institucional entre o governo brasileiro e seus órgãos de Inteligência e Segurança, assim como considere crime qualquer ação nesse sentido com órgão congêneres israelense com os estados brasileiros. 

Aos movimentos sociais brasileiros os participantes do Seminário recomendam algumas ações que seriam: 

1. a nível político e cultural a realização de seminários,fóruns e atos públicos em defesa do povo e da causa palestina, em universidades, sindicatos e espaços públicos; 

2.  Levar ao Fórum Social Mundial Palestina Livre,em novembro\dezembro de 2012 em Porto Alegre, e ao FSM\2013, em Túnis, naTunísia a proposta de criação da COMISSÃO INTERNACIONAL da Memória, da Verdade e Justiça, para apurar os fatos e a verdade sobre prisões, tortura e morte e\ou assassinato de chefes de Estado e líderes populares, principalmente ativistas e militantes políticos em todo omundo, e em especial líderes como Yasser Arafat e Muammar Khadafy, ou mesmo simples militantes, tanto no Oriente Médio como demais continentes. Essa Comissão Internacional da Memória, Verdade e Justiça proposta feita pelo próprio coordenador do evento, Acilino Ribeiro viria acompanhado da criação de um Tribunal Penal da História, TPH, em contra ponto ao desmoralizado emanipulado TPI, Tribunal Penal Internacional, e julgar moralmente assim como levar aos demais tribunais nacionais, em cada país, após severa investigação a exigência de julgamento, condenação e prisão de criminosos de guerra, desde os mais conhecidos, como George Bush, Ariel Sharon, Nicolas Sarkozy, David Cameron, Hilary Clinton, Álvaro Uribe e outros, mas também empresas e órgãos governamentais, como a CIA, o PENTAGONO e congêneres que de alguma forma estão vinculados com a repressão, o assassinato e o uso do terrorismo contra a humanidade. Também seriam investigados os assassinatos de líderes como Patrice Lumumba, Salvador Allende, Omar Torrijos, dentre outros.

Aofinalizar, a Declaração conclamou todas as organizações sindicais,comunitárias, estudantis e da juventude, femininas, de idosos, indígenas, ambientalistas, humanista, pacifistas e populares assim como a todos os movimentos sociais brasileiros a divulgarem e participarem do FSM-PalestinaLivre a realizar-se em novembro\dezembro 2012 em Porto Alegre-RS-Brasil.

O Seminário propôs ainda ação de boicote a UDF, um pequeno e desconhecido Centro Universitário de Brasília, por parte dos movimentos sociais brasileiros pela ação racista e discriminatória de proibir a realização do Seminário em suas dependências, orientando os mesmos a não participarem de qualquer atividade em parceria com aquela instituição e solicitar a todos os quadros políticos e acadêmicos brasileiros a manifestarem seu protesto boicotando e não aceitando participar de palestras ou debates em qualquer das unidades acadêmicas do Grupo Cruzeiro do Sul, mantenedora da UDF e diversas universidades mercantilistas  espalhadas no Brasil. 

Também recomenda aos grêmios estudantis a orientar osestudantes secundaristas a boicotarem os vestibulares da UDF e demais unidadesde ensino do Grupo Cruzeiro do Sul e comunicar a todos os CAs do DF que não se transfiram para aquela unidade de ensino. Ao final a Declaração orienta a todos os movimentos sociais brasileiros a participarem efetivamente de toda ação em favor do povo palestino e contra o sionismo e o terrorismo de estado, midiático e religioso praticado por ISRAEL e os EUA e seus aliados da UE – União Europeia e da OTAN, a quem chamaram de organização Terrorista do Atlântico Norte.
Fonte:- MIDIA SEM FRONTEIRAS –INTERPRESS – AGNOTMUNDO – MÍDIA MULHER - IMPDIPLOMACIA.  ZS\KG – RJ\\SP-18082012. 

Comentários