Uma carta tocante do ex-deputado estadual e ex-sindicalista Antonio Lopes de Faria sobre a morte de Fausto Drumond


                                                      

"Somente soube da morte do Fausto Drumond através de um comentário do Arnaldo Ziller. Este me informou que a notícia vinha do seu blog. Fausto era presidente da Federação do Bancários quando eu presidia o sindicato, em março de 1964. 

Fomos condenados juntos, em Juiz de Fora: o Armando a 30 anos, eu a 18, o Fausto e o José Boggione a 15 e o Alberto a 10 anos. Sou o sobrevivente do processo. Tivemos sempre uma convivência fraterna e solidária nos tempos que o sindicalismo não era uma profissão rendosa e vinculada ao poder, como nos dias de hoje.

Eu nunca fui dispensado do trabalho no banco. Cumpria minhas 6 horas de trabalho ( de 7 às 13) e ia para o sindicato. Pagávamos até o sanduíche que consumíamos. Quando faltava ao serviço, mesmo para congressos e reuniões sindicais, as faltas eram descontadas nas férias legais. 

Havia muito idealismo e a crença forte de que faríamos a revolução operária que implantaria a justiça social sem prejuízo da liberdade. Bons tempos, você se lembra.
Perdi o contato com o Fausto nos últimos anos e afastei-me do sindicato. Não repudiei os ideais, pelos quais continuo a lutar.
Desculpe o desabafo que a perda do velho amigo motivou"

Oi, Faria: lembro-me de você na presidência do Sindicato. Só não me lembrava que foi na mesma época em que o fausto presidia a Federação, que identificava muito com o Armando Ziller...Depois, muito tempo depois, fui um dos seus eleitores...E fico atento aos seus artigos no "O Tempo"...

Comentários