Caixa de banco afastada da função "por lentidão" ; Sindicato dos bancários denuncia assédio moral
O afastamento - inédito pelo que se saiba - das funções de Caixa de uma funcionária do Pab Justiça Federal, em Pelotas, demonstra mais uma vez a presença do assédio moral contra bancários, problema que há muito tempo vem sendo apontado pelo Sindicato mas, pelo que parece, está longe de ter uma solução definitiva.
De maneira arbitrária, a gerente do Pab, com respaldo da superintendência local e do RH da Caixa em Brasília, decidiu retirar a função da funcionária alegando "lentidão", configurando-se numa humilhação sem precedentes e numa clara demonstração de assédio moral, fato que deixou todos os demais funcionários preocupados e, como consequência, estão trabalhando sob forte pressão.
O caso deixou apreensivo também o Sindicato dos Bancários de Pelotas porque, além da presença de assédio moral, a situação também configura-se em perseguição política, já que a funcionaria em questão é Delegada Sindical eleita por seus pares para representa-los.
"A gerência alega lentidão, então pergunto: são lentos todos os trabalhadores que fazem a pausa obrigatória para prevenir doenças ocupacionais como as LER? ", questiona a diretora do Sindicato e funcionária da Caixa, Cristina Gularte. Ela ainda faz outro questionamento pertinente: "existe, afinal, uma velocidade mínima de trabalho para se configurar lentidão a ponto de perder uma função?"
A Caixa apresenta-se publicamente como um banco que tem o melhor atendimento ao cliente, no entanto, não dá condições para seus funcionários trabalharem e atenderem de maneira adequada, pelo contrário, trabalham tensos e sob absurda pressão de seus superiores.
O Sindicato já acionou seu departamento jurídico para cuidar do caso e está denunciando o banco publicamente por humilhação e assédio moral a funcionário e ataque à organização sindical. (Com o Diário Liberdade/Sindicato dos Bancários de Pelotas/RS)
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