Uma cartilha para lá de útil para idosos

                                                  


                         
 LEIA COM ATENÇÃO E REPASSE
                                           
Olá amigo(a) cliente.
Encaminho-lhe dicas importantes, para o seu dia a dia e o da sua família.
Espero que lhe seja útil.
Att,


Arnóbio Moreira Félix
CRM MG 25515
Ortopedista
Rua Juiz de Fora, 115, salas 706 e 707
Barro Preto - Belo Horizonte - MG
(Próximo ao Fórum e ao Hospital Socor)

Tel. 30191967


Governador do Estado


José Serra
Secretário de Gestão Pública
Sidney Beraldo
Secretário-Adjunto
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Cedep - Maria Cristina Faria Silva Cury
Prevenir - Miriam Matsura Shirassu
Autoria: Centro de Estudos Ortopédicos do HSPE
Dr. Roberto Dantas Queiroz
Diretor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Dr. Bartolomeu Ribeiro Coutinho Filho
Médico Residente do 3º ano do Serviço de Ortopedia e Traumatologia
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Fisioterapeuta
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www.iamspe.sp.gov.br
3
Sobre a queda

Definição: deslocamento não intencional do corpo
para um nível inferior à posição inicial com a incapacidade
de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias
multifatoriais que comprometem a estabilidade.
As quedas nas pessoas idosas são comuns e aumentam
progressivamente com a idade em ambos os
sexos e em todos os grupos étnicos e raciais. Representa
um problema de saúde pública.
A queda pode signifi car que houve o declínio das
funções fi siológicas (visão, audição, locomoção), ou ainda
representar sintomas de alguma patologia específi -
ca. Os acidentes por quedas podem provocar fraturas,
traumatismos cranianos e morte, dependendo do caso.
Afetam a qualidade de vida do idoso por consequências
psicossociais, provocam sentimentos como medo, fragilidade
e falta de confi ança. Muitas vezes funcionam
como o início da degeneração do quadro geral do idoso,
pois além de reduzir sua mobilidade, também afeta as
atividades sociais e recreativas.
4
Frequência e consequências]

- No Brasil cerca de 30% dos idosos caem pelo menos
uma vez no ano;
- A frequência de quedas é maior em mulheres;
- O risco de fraturas decorrentes de quedas aumenta
com a idade;
- Estudos mostram que 40% das quedas em mulheres
com mais de 75 anos e 28% das quedas em homens
da mesma idade resultam em fraturas;
- 5 a 10% das quedas resultam em ferimentos importantes;
- O risco de quedas aumenta com o avançar da idade e
pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos;
- Mais de dois terços daqueles que têm uma queda cairão
novamente nos seis meses subsequentes;
- 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa.
Fatores de risco
Existem fatores que predispõem à queda no idoso
e que, de forma simplifi cada, podem ser divididos em
intrínsecos: aqueles relacionados às alterações fi siológicas
do processo de envelhecimento; ou então a uma
patologia específi ca (quadro 01) e ainda ao uso de medicamentos
(quadro 02).
Existem também os fatores extrínsecos: aqueles relacionados
ao ambiente em que o idoso interage, sua casa,
locais públicos, transporte coletivo, entre outros.


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Quadro 01

Fatores intrínsecos relacionados
à queda em idosos
Alterações fi siológicas do envelhecimento
Diminuição da visão
Diminuição da audição
Sedentarismo
Distúrbios músculos-esqueléticos (fraqueza muscular
e degenerações articulares)
Alterações na postura
Alteração de equilíbrio e locomoção
Deformidades nos pés
Doenças que predispõem à queda
Doenças Cardíacas
Doenças Pulmonares
Doenças Neurológicas (Derrame Cerebral, Demência,
Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer)
Doenças Geniturinária
Osteoporose
Artrose
Labirintite

6

Quadro 02

Medicamentos
Medicamentos
Antidepressivos
Ansiolíticos, hipnóticos e antipsicóticos
Anti-hiperternsivos
Anticolinérgicos
Diuréticos
Antiarritmicos
Hipoglicemiantes
Anti-infl amatórios não-hormonais
Polifarmácia ( uso de 5 ou mais drogas associadas)
Neste manual você conhecerá alguns fatores de
risco que poderão contribuir para a queda nos idosos,
bem como pequenas dicas que poderão ajudá-lo a tomar
algumas medidas de prevenção no ambiente domiciliar,
onde ocorre a maioria das quedas.

                        


7
Banheiro

Não utilize tapetes de tecido
(ou retalhos), eles podem
provocar escorregões.
Use tapetes
emborrachados
antiderrapantes.
8
Caso tenha difi culdade para enxergar,
evite utilizar banheiro com pouca
iluminação ou com piso,
cortinas e peças de
mesma cor.
Aumente a iluminação: use lâmpadas
fl uorescentes, cortinas claras,
assento do vaso sanitário e pia
em cores diferentes do
piso e do chão.

                 
                                           

9
Aumente a altura do vaso
e instale barras de apoio
laterais e paralelas
ao vaso.
Utilizar vaso sanitário muito baixo
e sem barras de apoio podem
provocar desequilíbrio, além
de ser desconfortável.


10
Evite tomar banho em
banheiros com box de vidro,
sem tapete antiderrapante
e sem barras
de apoio.
Substitua o box de
vidro por cortinas,
utilize tapetes
antiderrapantes e
instale barras de
apoio nas paredes.
Na difi culdade em
se abaixar durante
o banho, utilize uma
cadeira de plástico
fi rme e resistente.

             
                

11
Quarto
Não use
tapetes
soltos e nem
encere o piso
com produtos
escorregadios.
Evite usar
calçados altos
ou com solado
liso e nunca
ande somente
de meias.
Use tapetes presos ao chão.
Quanto ao piso, o melhor mesmo
é não encerar. Use sempre
sapatos com solado
antiderrapante.


12
Ajuste a altura da
cama e se preciso
troque o colchão
por um mais
fi rme.
Evite camas muito baixas
e colchões muito macios.
Você pode ter difi culdade
para levantar ou
deitar.

13
Nunca levante no escuro.
Providencie um
interruptor de luz ao
lado da cama ou
um abajur.

14
Sala
Mantenha os fi os dos
aparelhos próximos às
tomadas. Deixe o
caminho livre e sem
bagunça.
Não deixe que extensões elétricas
ou fi os de telefone cruzem o
caminho e não permita que
sapatos, brinquedos e outros
objetos fi quem espalhados
pelo chão.

        
15
Cuidado com sofás muito
baixos e macios ou poltronas
sem braços, você pode ter
difi culdade para se
levantar.
Prefi ra sofás mais altos
e fi rmes e poltronas com
braços.

16
Cozinha

Não utilize armários muito
altos que necessitem de
bancos ou escadas
para alcançar os
objetos.
Os armários devem ser de
fácil alcance e fi xados
à parede.

17
Escada

Nunca deixe qualquer tipo de objeto
nos degraus. Escadas com pouca
iluminação, sem corrimão e com
degraus estreitos são
perigosas.
A escada deve estar livre de objetos,
possuir corrimãos dos dois lados,
fi tas antiderrapantes nos degraus e
interruptores de luz, tanto na
parte inferior quanto
na superior.

18
Animais de estimação

Se possível escolha as cores de mobília e piso diferentes da
cor do animal de estimação.Isso evita que você tropece e
tenha uma queda.
19
Nunca deixe a casinha do cachorro muito próxima à entrada
da sua casa. Quando for preciso prender o animal, a
corrente deve ser de tamanho médio para que não cruze o
seu caminho.
20
Outras dicas
 Consulte seu geriatra regularmente;
 Faça exames oftalmológicos anualmente;
 Mantenha uma dieta saudável com ingestão de cálcio
e vitamina D;
 Reduza a ingestão de bebidas alcoólicas;
 Tome banho de sol regularmente;
 Informe-se com seu médico sobre efeitos colaterais
dos remédios que você está tomando;
 Certifi que-se que todos os medicamentos estejam
claramente rotulados e guarde-os em local adequado;
 Tome os medicamentos nos horários corretos e da
forma que foi receitado pelo seu médico;
 Participe de programas de atividade física que
visem o desenvolvimento de agilidade, equilíbrio,
coordenação e força muscular;
 Discuta com seu médico a respeito do tipo de
atividade física que você pode realizar;
 Leve uma vida saudável e seja feliz.
21
Referências
Freitas, E.V - Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2° edição.
Editora Guanabara Koogan; 2006.
Matheus Papaléo Netto, Carvalho Filho ET. Geriatria- Fundamento,
Clínica e Terapêutica- 1° edição. São Paulo: Editora
Atheneu.
Gallo, Joseph J. - Busby-Whitehead, Jan - Rabins, Peter V. -
Silliman, Rebecca A. - Murphy, John B. Reichel / Assistência
ao Idoso - Aspectos Clínicos do Envelhecimento.
Perracini MR. Prevenção e Manejo de Quedas no Idoso. In:
Ramos LR, Toniolo Neto J. Geriatria e Gerontologia. Guias de
Medicina Ambula torial e Hospitalar/ Unifesp-Escola Paulista
de Medicina. São Paulo: Editora Manole; 2005.
Perracini MR. Fatores associados a quedas em uma corte
de idosos residentes no município de São Paulo [tese]. São
Paulo: Universidade Federal de São Paulo: Escola Paulista de
Medicina; 2000.
Tinetti ME, Speechley M, Ginter SF. Risk factors for falls
among elderly persons living in the community.
N Engl J Med 1998; 319:1701-7.
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