O protesto dos trabalhadores franceses contra redução de seus direitos
Trabalhadores de ferrovias e algumas refinarias na França se mantêm hoje em greve para obter melhorias e a retirada de um projeto trabalhista do governo que é rejeitado pela maioria dos cidadãos.
Os sindicatos do setor ferroviário e a administração chegaram a um pré-acordo que inclui temas sensíveis como a organização do trabalho. O documento está aberto à assinatura até o dia 14 de junho.
O esboço desse pacto tem "definido melhor" o trabalho noturno e a organização do tempo trabalhista, expressou à emissora Europa 1 o presidente da companhia ferroviária pública francesa, Guillaume Pépy, que também acredita que possa se voltar o quanto antes à normalidade.
Sindicatos de pilotos da companhia aérea Air France convocaram uma greve de 11 a 14 de junho, em plena celebração da Eurocopa de futebol, para protestar contra uma modificação das regras de remuneração.
O governo insiste que não retirará o projeto trabalhista e que não realizará modificações à filosofia do texto.
Por sua vez, as centrais sindicais CGT, FO, FSU, Solidários, UNEF, UNL e FIDL convocaram a reforçar a mobilização, tendo em vista uma manifestação nacional para o dia 14 de junho em Paris.
Há cerca de três meses começaram os protestos contra esse plano que, a julgamento de seus opositores, prejudica os direitos dos trabalhadores e beneficia o empresariado em um país onde a taxa de desemprego se localiza em torno de 10%.
O primeiro-ministro Manuel Valls se valeu em maio de um criticado recurso constitucional para que o texto fosse considerado aprovado em primeira leitura na Assembleia Nacional. Neste mês terá lugar a análise no Senado.
(Com Prensa Latina)
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