Trabalhadores argentinos marcham contra o ajuste e por emprego

          
Trabalhadores marcham contra medidas de Macri

Dezenas de milhares de trabalhadores marcham hoje nesta capital, com manifestações em outros pontos do país, contra o ajuste econômico, os tarifaços nos serviços públicos e as demissões, e pela incorporação dos demitidos.

Sem o acompanhamento dos sindicatos dos três setores da Confederação Geral do Trabalho (CGT) que optaram por fazer manifestações populares em outra data, os sindicatos das duas alas da Central dos Trabalhadores de Argentina (CTA) sairão à rua em uma em massiva mobilização para Praça de Maio a partir das 15:00 hora local.

Em coletiva de imprensa conjunta na quarta-feira, o titular da CTA dos Trabalhadores, Hugo Yasky, e o da CTA Autônoma, Pablo Michelli, anteciparam que este é o princípio do "caminho a uma greve geral, mais cedo que tarde essa paralisação será realizada".

Depois de realçar que a manifestação desta quinta-feira é também "em repúdio ao veto presidencial à lei de emergência ocupacional", ambos concordaram em destacar que a unidade na ação com as CGT aposta a "parar a moto serra do ajuste".

No encontro com a imprensa acompanharam Yasky e Michelli representantes de organizações sociais e integrantes da Federação Estudantil da Universidade de Buenos Aires.

Os líderes sindicais informaram que se somarão à marcha trabalhadores da Associação Bancária liderada por Sergio Palazzo; do Sindicato Azeiteiro; do Sindicato das Telecomunicações, a União Operária Metalúrgica da Matanza e da CGT Zona Norte.

Igualmente, se incorporarão à mobilização representantes e membros de Clubes de Bairro que sofrem enormemente o peso de apabullantes altas na eletricidade, o gás e o água, bem como de cooperativas e de pequenas e médias empresas, entre outros.

"É um passo mais no caminho de luta", manifestou Michelli e apontou que com esta mobilização tomaram "a decisão que tinha que tomar" ante o veto do presidente Mauricio Macri à legislação de emergência ocupacional conhecida também como lei antidemissão.

O secretário da CTA Autônoma recordou que esse projeto de lei o apresentaram as cinco centrais operárias, em tanto, Yasky lamentou que os três segmentos da CGT não se unissem a esta mobilização.

"Não tinha que abandonar a possibilidade de unidade de ação" face ao futuro, opinou.

Em outra mostra do divisionismo que debilita ao sindicalismo argentino, a Coordenadora Sindical Clasista, de corte trotskista, disse que os sindicatos que aglutina marcharão também nesta quinta-feira, mas o farão em uma coluna independente, na fileira da massa sindical que irromperá na Praça de Maio.

 (Com Prensa Latina)

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