Estudantes apoiam greve dos portuários chilenos
Gabriel Boric é porta-voz da Confech |
A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) expressou hoje seu total apoio à greve nacional dos trabalhadores do porto iniciada nesta segunda-feira.
Os portuários, assim como as maiorias trabalhadoras de nosso país, foram duramente golpeados durante muito tempo e agora são de novo ao lhes ser usurpado seu dinheiro pelo mesmo Estado que usurpa nossa educação, assinalaram as federações universitárias aglutinadas na Confech.
Ofereçamos, manifestaram, um apoio fraterno aos trabalhadores que sustentam milhares de famílias, muitas das quais se encontram endividadas pelo custo da educação para seus filhos.
Como organização líder do movimento estudantil, a Confech indicou que o respaldo à greve retribui também a solidariedade manifestada pelos trabalhadores do porto durante as massivas mobilizações do ano passado pelo estabelecimento de um sistema de educação público e gratuito.
A União Portuária do Chile, recordou a confederação, fez público seu apoio a nosso movimento e comprometeu-se a respaldar a reivindicação da educação gratuita financiada mediante a renacionalização e recuperação soberana do cobre e dos recursos naturais.
Por isso, reiterou a Confech em declaração pública, "os estudantes do Chile não podiam deixar passar a histórica circunstância de uma greve nacional para dar, irrestritamente, o apoio aos trabalhadores portuários".
O movimento estudantil chileno projeta em 2012 articular-se com os diversos setores sociais para avançar na conquista de mudanças estruturais profundas no sistema sociopolítico do país.
Demo-nos conta de que a luta estudantil não pode nem deve seguir adiante desapegada da luta do povo; e mais, o movimento estudantil deve ser uma contribuição a um movimento social bem mais claro e forte, que seja capaz de configurar propostas e alternativas em torno da saúde, moradia e trabalho, acrescentou o comunicado público da Confech.(Com o Diário Liberdade)
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