Na França, candidato socialista distribui hoje plano de governo com 40 páginas, priorizando a criação de empregos
O projeto de governo do candidato presidencial do Partido Socialista (PS), François Hollande, divulgado na França prioriza a educação, a criação de empregos e uma reforma fiscal.
Em 60 propostas o aspirante ao Palácio Elísee detalha todo seu programa até 2017, se for eleito nas eleições de abril e maio próximo.
As novas medidas terão um custo de 20 bilhões de euros, as quais serão financiadas com a eliminação das exonerações fiscais de que desfrutam na atualidade muitas grandes empresas.
Hollande estima poupar por esta via uns 29 bilhões de euros, aos quais agregará novos rendimentos provenientes da aplicação de uma reforma tributária dirigidos aos setores com maiores recursos.
Com os fundos obtidos aumentará em 25 por cento os subsídios familiares para o acesso escolar e criará 60 mil novos postos neste setor para melhorar os serviços educativos.
O plano de governo do PS consta de 40 páginas e começará a ser distribuído ao nível nacional nesta quinta-feira.
Uma parte destacada no projeto é o apoio às pequenas e médias empresas para converter em uma fonte de trabalho, sobretudo para os mais jovens, a quem prometeu 150 mil novos postos durante seu governo.
No setor financeiro dispõe-se a separar as atividades bancárias dirigidas aos investimentos e o emprego, das especulativas, o combate aos denominados "paraísos fiscais" e outras formas de manejos irregulares de capitais.
Também prevê diminuir o déficit fiscal, conseguir o equilíbrio financeiro do Estado para finais de 2017 e manter a propriedade estatal de numerosas empresas públicas em serviços essenciais, como transporte, eletricidade e correios.
Segundo a mais recente pesquisa, o aspirante presidencial pelo PS atinge 31 por cento de intenção de voto na primeira volta, seguido pelo atual governante Nicolás Sarkozy, com 25, e a ultradireitista Marine le Pen, que tem 15 por cento.
Na rodada decisiva, Hollande receberia 60 por cento dos votos, contra 40 de Sarkozy, de acordo com a sondagem.
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