Tempo de crises e de guerras
Este clima de guerra me deixa preocupado. Recordo-me da França às vésperas da invasão hitlerista, mostrada em bons textos literários e em filmes, alguns com roteiros neles baseados….
Pelo que vemos, não bastam as crises financeiras vivenciadas pelo capitalismo, quer nos Estados Unidos, quer na União Europeia, esta última quase a fim de dela expulsar a Grécia, a Itália e até a França…
O Reino Unido, outrora capaz de se gabar de o local onde jamais o Sol se punha, deixou sua empáfia de lado, embora tenha escapado da crise do euro, por preferir ficar com a libra…
Mas o desemprego, a invasão maciça de desempregados de toda a Europa, da África e da Ásia preocupe e muito o número 10 de Downing Street…
Agora , como se não bastasse as dores de cabeça de David Cameron e da Rainha Elizebeth, a Escócia está para cair fora, tornar-se independente…
Todo o pudor do outrora galã Nicolas Sarkozy , concorrente de perto do ultrapassado Silvio Berlusconi parece até cômico, sem se falar da tragédia que desencadeia com a expulsão de ciganos e de outros grupos etnicos…
Já os gregos quase estão perdendo todo ardor patriótico do tempo de Péricles, Hesíodo, Platão e Xenofontes, esmagados escandalosamente pela crise do capitalismo opressor e já admitem vender alguns pontos turísticos…
Santorini, dentre eles.
O plebiscito que deveria ouvir o povo se aceitava ou não a solução arquitetada pelo FMI junto com os banqueiros mundiais, foi para as cucuias e ninguém mais fala dele.
Na verdade tem a voz isolada de uma fabubosa mulher, Aleka Papariga, que não se cala jamais diante da tenaz exploração de seu povo.
Esta Dolores Ibaruri moderna , esta Passionária do século XXI é o que resta do orgulho grego do tempo das elegias de Tirteu, dos textos do aristocrata Platão, incapaz de abrir mão de atritubos de sua República ou da fisolofia política de Aristóteles.
Há que se colocar um fim neste clima de guerra. O Irã , como todo e qualqueer país tem direito a fazer seus experi em bmentos em busca de energia alternativa. A Síria não pode continuar sendo agredida diariamente por mercenários à serviço dos grandes capitalistas internacionais.
A Coreia do Norte também é digna de escolher o governo que bem lhe aprouver. E Cuba, Equador, Bolívia, Uruguai e Nicarágua, sem dúvida, devem ser sempre perotegidos por um estatuto tão velho quanto o próprio direito internacional: o da auto
determinação dos povos.
O Brasil? Onde e insere o Brasil ? Depois da privataria tucana e do mensalão petista, está na hora de torcermos para que encontre seu verdadeiro caminho. E ele , sem dúvida, se vislumbra num socialismo bem próximo do cubano, isto é, com vida própria, embora levando-se em conta liçoes e ensinamentos do passado. (Publicado originalmente no site E Eu Com isso?)
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