Trabalhadores mantidos em sistema equivalente ao de trabalho escravo

                                                                                                                                                                           
Os oito trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do campo experimental DAS deixaram o local no final da tarde desta quinta-feira (26). Eles eram mantidos em condições análogas à de cárcere privado e sem condições apropriadas de higiene e trabalho.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Vicente Almeida, os trabalhadores eram mantidos em cárcere privado e sem condições apropriadas de higiene e trabalho. “A carga horária semanal deles é de 40 horas, no entanto, a empresa não fornecia o transporte para eles retornarem a suas casas. Os trabalhadores eram obrigados a permanecer no setor de trabalho sem o devido descanso, nem compensação das horas trabalhadas”, ressaltou Almeida.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Silvio Garcia Cunha de Souza, relatou que o campo é responsável por pesquisas com ovelhas e árvores frutíferas, além de mais de 700 artigos científicos. “Infelizmente, a importância deste local contrasta com as condições oferecidas aos seus trabalhadores. É uma falta de respeito com os trabalhadores e os pesquisadores”, disse o servidor, que trabalha há 25 anos na instituição.
Na terça-feira, a Embrapa emitiu uma nota em que nega as acusações do sindicato e afirma que a entidade “prima pelo bem-estar de seus trabalhadores”. A empresa enviou um representante para verificar as condições dos trabalhadores em Manaus e informou que vai se posicionar oficialmente.(Com o Finpaf)

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