Masculinidades, sexualidade e machismo em debate no congresso cubano

                                                                             
América Latina tem uma dívida com a luta contra o machismo, um conceito que se define como uma forma de olhar e construir a realidade, marcada por formas concretas de pensar a sociedade, assegurou aqui um especialista.

Edgar Vega, especialista da Universidade Andina, Simón Bolivar, de Quito, Equador, destacou à Prensa Latina que a sexualidade machista, marcada pelas políticas ideológicas das culturas, é a preponderante na região, e afeta de maneira negativa tanto às mulheres como aos próprios homens.

É que a sexualidade é o campo mais conflitivo dos seres humanos, onde se enraízam todas as discriminações, destacou o especialista, que participa no VI congresso cubano de educação, orientação e terapia sexual, em Havana.

No machismo, a mulher e o feminino, têm a perder, e chamo a atenção sobre as masculinidades que têm optado pela feminidade, porque os homens não podemos continuar vivendo ao amparo de certas prerrogativas que nascem de matrizes inequitativas, assegurou.

A masculinidade hoje se desmonta e apela a todas as contribuições que tem feito a feminidade à humanidade, se diga o diálogo, a não violência, soberania do corpo, beleza.
Tudo isso pode estar conforme com a masculinidade, uma aposta pela vida e novas formas de convivência, destacou Vega.

Deste e outros interessantes temas se debate nesta quarta-feira no Palácio de Convenções da Habana, sede do evento, inaugurado na passada segunda-feira.

Psicologia, religião e educação sexual, maltrato infantil, gênero, homossexualidade e HIV, sexologia clínica, entre outros aspectos, conformam a agenda de trabalho do terceiro dia de trabalho do foro, no que participam destacados profissionais de 17 nações. (Com a Prensa Latina)

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